Membros da PF avaliam entregar cargos de chefia por insatisfação com governo Bolsonaro

Atualizado em 17 de novembro de 2021 às 6:32
Protesto PF
Ato das entidades representativas de policiais federais em frente ao prédio da PF em Brasília – Foto: Reprodução

Policiais federais estão insatisfeitos com o governo Bolsonaro.

Alguns agentes ameaçam aumentar o tom contra a gestão se as promessas feitas para a categoria não forem atendidas. Membros da PF discutem entregar os cargos de chefia para demonstrar a revolta.

O plano de entidades do setor é organizar assembleias entre policiais para pautar o tema, caso sigam sendo ignorados pelo governo.

Entre as principais demandas estão as perdas financeiras e de direitos com a reforma da Previdência e a PEC emergencial. Para agentes da corporação, o presidente protegeu militares e abandou a PF.

“Os policiais estão se sentindo desvalorizados pelo governo federal e não viram nenhum tipo de ação em favor da PF nesses três anos. Isso foi lembrado no dia da categoria”, diz Evandir Paiva, presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal), à coluna de Bela Megale no Globo.

Outro tema que tem incomodado membros da PF é a imagem de “submissão” ao governo Bolsonaro.

Nesta terça (16), dia do policial federal, as associações de delegados, peritos e agentes fizeram atos em diversos estados. Eles se reuniram em protestos para fazer cobranças ao governo. Representantes das entidades estenderam faixas para apontar as promessas não cumpridas pelo governo. O presidente foi eleito em 2018 com apoio de grande parte de membros da PF.

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PF foi pivô da briga de Bolsonaro com Sergio Moro

A corporação foi pivô da briga entre a Bolsonaro e Moro que acabou na saída do ex-juiz do governo. O presidente é acusado de interferência no órgão. O presidente prestou depoimento sobre a denúncia. Disse que em meados de 2019 solicitou a troca do então diretor-geral da Polícia Federal “em razão da falta de interlocução” que havia entre ele e o delegado Maurício Valeixo.

 

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