
Na última quarta (31), o deputado federal André Fernandes (PL-CE) foi notificado pela Polícia Federal (PF) em relação a uma investigação que apura a possível inserção de informações falsas no sistema da Justiça Eleitoral.
O inquérito foi instaurado devido ao fato de o parlamentar ter declarado sua etnia como “pardo” nas eleições de 2018 e posteriormente como “branco” no pleito de 2022. Está previsto que o deputado preste depoimento à PF entre os dias 19 e 23 de fevereiro. Fernandes atua como vice-líder da oposição na Câmara e é um pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza (CE).
Contando com Fernandes, já são quatro parlamentares ligados ao golpismo bolsonarista que foram alvo de ações da Polícia Federal.
No dia 18 de janeiro, o deputado federal e líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), foi alvo de ações da PF, a qual executou dez mandados de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lesa Pátria.
Jordy, que aspira ser candidato à Prefeitura de Niterói (RJ), teve seu gabinete na sede da Câmara, em Brasília, incluído nas buscas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A referida operação visa identificar os responsáveis intelectuais, financiadores e instigadores de atos de vandalismo ocorridos entre o final de outubro de 2022 e janeiro de 2023.

Já em 25 de janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foi alvo da PF no contexto da Operação Vigilância Aproximada. Essa investigação aborda uma suposta organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), destinada a monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.
Semelhante a Fernandes e Jordy, Ramagem, que busca concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro (RJ), foi diretor-geral da Abin durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além disso, na última segunda (29), a PF realizou uma busca no gabinete e em endereços do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Essa ação é desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que investiga suspeitas sobre o uso de um programa de espionagem da Abin para monitorar autoridades e pessoas, sem autorização judicial, e com motivações pessoais e políticas.
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link