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PF solta brasileiros apontados como “membros do Hezbollah” e revela farsa da Globo

César Tralli em programa da GloboNews.
Foto: Reprodução

A Justiça Federal determinou a soltura de dois brasileiros presos por suspeita de ligação com o Hezbollah e descartou a relação com o grupo libanês. Eles foram detidos na Operação Tapiche, que gerou repercussão por insistência da TV Globo no que se mostrou uma farsa da emissora com Israel. O “furo” veio do jornalista e apresentador César Tralli.

Nesta quarta-feira (6), a Polícia Federal pediu a soltura da dupla, após 30 dias de investigação, e a juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, da 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte (MG), acatou a solicitação. O Ministério Público Federal (MPF) concordou com a medida.

A investigação da corporação se baseava em documento do FBI (Federal Bureau of Investigation), serviço de inteligência do governo dos Estados Unidos, que afirmava que os dois brasileiros, um de origem libanesa e outro, síria, tinham conexões com terroristas na América Latina, Europa e Oriente Médio.

A Globo deu a notícia em primeira mão, com exclusividade, e o resto da imprensa seguiu bovinamente atrás. A fonte era o Mossad, serviço de inteligência de Israel, que entregou a coisa de bandeja para Tralli, o receptador dos vazamentos da PF.

As perguntas óbvias: o que diabos o Hezzbollah e seu líder Hassan Nasrallah ganhariam explodindo uma sinagoga no Brasil? Então o Mossad, que não detectou o maior ataque já sofrido por Israel dentro de seu próprio território em 7 de outubro com o Hamas, a partir dos vizinhos em Gaza, descobre células terroristas no Brasil?

O músico Michael Messias, preso por acusação de envolvimento com o Hezbollah. Foto: Reprodução

Um dos presos, o músico Michael Messias, afirmou à Polícia Federal que foi procurado para fazer shows no Líbano. Ele, que foi apontado como suposto recrutador do Hezbollah, afirmou que esteve duas vezes no país e que foi contratado para apresentações de pagode.

O outro brasileiro preso no caso foi Jean Carlos de Souza (38), que trabalha com comércio de ouro e finanças. Ele teria sido convidado para ir ao Líbano a negócios e se reunido com empresários ao chegar no país. Em depoimento à PF, o suspeito afirmou que não conhecia a bandeira do Hezbollah e nenhum símbolo ligado a ele, além de deixar claro que não viu nenhuma referência ao grupo libanês no encontro.

Um caso similar aconteceu em 2016, durante os Jogos Olímpicos do Rio. Na ocasião, onze homens suspeitos de ligação com o Hezbollah foram detidos sob suspeita de planejar ataques no país. Um deles era um criador de galinhas do Rio Grande do Sul que mora em um sítio com os pais, o avô e um irmão mais novo.

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Caique Lima

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