PM mata 2 em retomada da Operação Escudo no Guarujá

Atualizado em 28 de janeiro de 2024 às 22:45
Policiais Militar na Operação Escudo no Guarujá. Foto: Reprodução

Na madrugada deste domingo (28), dois indivíduos foram mortos pela PM no Guarujá, na Baixada Santista, em meio à retomada da Operação Escudo no litoral paulista. A ação foi mais uma vez implementada na região após a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, ocorrida na madrugada da última sexta (26) na rodovia dos Imigrantes, em Cubatão.

Conforme informações da SSP (Secretaria da Segurança Pública), a nova etapa da Operação Escudo abrange diversas cidades da Baixada Santista e do litoral sul, mas ainda não há um balanço completo das ações.

A pasta liderada por Tarcísio de Freitas (Republicanos) informou que policiais militares estavam realizando patrulhamento nas ruas da Vila Zilda, periferia de Guarujá, quando avistaram duas motocicletas em alta velocidade. Os policiais teriam ordenado que os condutores parassem, mas a ordem não teria sido acatada.

Segundo a versão da secretaria de segurança, ao acessarem a avenida Professor Rafael Vitiello, os policiais foram alvo de disparos de arma de fogo, mas optaram por continuar acompanhando os suspeitos. A dupla teria então apontado armas na direção dos policiais, que revidaram.

Operação Escudo é alvo de críticas. Foto: Reprodução

Ambos os homens morreram no local. Com os suspeitos, os policiais alegam ter encontrado um revólver e uma pistola. Peritos da Polícia Científica compareceram ao local, e as armas utilizadas pelos policiais militares e pelos suspeitos foram apreendidas. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e excludente de ilicitude na Delegacia de Guarujá.

A Operação Escudo tem sido alvo de críticas de especialistas em segurança pública, políticos e da Ouvidoria da Polícia, após resultar em 28 mortes entre julho e setembro em Guarujá e Santos. Essa operação é deflagrada sempre que um policial militar, em serviço ou folga, é alvo de ataques por criminosos.

Bruno Langeani, gerente de projetos do Instituto Sou da PAZ, argumenta que, após diversas modalidades e meses da Operação Escudo no litoral, não há indicadores de sucesso. Ele destaca que ocorrem muitas mortes em confrontos, mas há pouca sensação de segurança para a população e para os próprios policiais, sugerindo a necessidade de uma revisão de estratégia.

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