Polícia dos EUA prende mais de 300 judeus que protestavam contra Israel em estação de Nova York

Atualizado em 28 de outubro de 2023 às 8:27
Judeus foram presos em Nova York por pedirem o fim da colonização dos palestinos. Foto: reprodução

Na noite de sexta-feira (27), mais de 300 judeus foram presos após realizarem um protesto antissionista, considerado pró-Palestina, na Estação Grand Terminal de trem e metrô em Nova York, durante o horário de pico. Os manifestantes usavam frases como “não em meu nome”, pedindo que Israel pare de atacar palestinos em uma suposta busca de libertação judaica.

Organizado pela Jewish Voice for Peace (Voz Judaica pela Paz, em tradução livre), o ato foi descrito pelo grupo como “a maior desobediência civil testemunhada na cidade em duas décadas”.

O evento reuniu milhares de pessoas na estação mais movimentada da cidade, onde clamaram por um imediato cessar-fogo e expressaram a ideia de que o estado de Israel não está agindo em seu nome. A organização ressaltou a crise humanitária em curso, mencionando o número alarmante de mortes e a destruição em Gaza causada pelos ataques aéreos israelenses.

“Em apenas duas semanas, mais de 7.000 palestinos e 1.400 israelenses foram mortos. Neste momento, os aviões de guerra israelitas estão arrasando bairros inteiros em Gaza com bombas, na sua maioria fabricadas nos EUA. Crianças palestinas em estado de choque procuram seus pais sob os escombros. O governo israelita cortou todo o acesso a alimentos, água e medicamentos, e os hospitais estão à beira do colapso”, declarou a organização.

“Sabemos que as bombas irão parar quando houver um clamor de massa suficiente por parte da comunidade internacional. Cabe a nós construirmos esse clamor – o mais rápido que pudermos. Cessar-fogo agora para salvar vidas!”, evocou a Jewish Voice for Peace na publicação feita no Instagram.

O cineasta Michael Moore também divulgou o protesto nas redes sociais, mostrando o apoio dos judeus nova-iorquinos e de seus aliados, que se uniram em uma manifestação massiva de desobediência civil na Grand Central Station. “Foi comovente e inspirador. Vamos todos nos unir pela paz”, resumiu em sua conta no X, antigo Twitter.

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