Nesta quarta-feira (30), um delegado representante da Polícia Federal foi à Câmara dos Deputados para cumprir a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determina que o deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ) use tornozeleira eletrônica.
A operação aconteceu nesta tarde, após o político se recusar inúmeras vezes cumprir a determinação, tendo o mesmo usado a Câmara como refugio. Silveira, na tentativa de se desvencilhar da Justiça, chegou a dormir na nas dependências da Casa.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se posicionou sobre o assunto horas antes do delegado chegar. Lira se expressou pedindo que a inviolabilidade da Casa fosse respeitada, ao mesmo tempo em que criticou a forma como o Daniel tem se usado de forma midiática do ambiente.
O parlamentar deixou há pouco tempo o plenário e se dirigiu até a sala que é usada pela base do PTB.
Leia mais:
1 – VÍDEO: Daniel Silveira diz que não desobedece ordem judicial, após desobedecer ordem judicial
2 – STF marca julgamento de Daniel Silveira após pressão de Lira; veja data
3 – VÍDEO – Zambelli convoca “bolsonarianos” (sic) para irem à Câmara ajudar Daniel Silveira
Daniel Silveira considera a decisão “ilegal”, enquanto Lira pressiona o STF
A decisão do ministro Alexandre de Moraes deliberada na última sexta-feira (25) foi recebida pelo deputado bolsonarista como uma atitude “ilegal”. Ao declarar várias vezes que não cumpriria a decisão, o parlamentar atacou o magistrado do STF dizendo que ele deve ser “impichado e preso”.
Lira, presidente da Casa, pressionou o Supremo para que seja analisada a ação contra Silveira e que tramita atualmente na corte. O julgamento pela corte está marcado para o dia 20 do próximo mês.