Polícia Federal prende 114 CAC’s procurados por crimes como estupro, roubo e homicídio

Atualizado em 31 de maio de 2023 às 7:01
Arma de fogo, imagem representativa. (Foto: Reprodução)

Desde o início de maio, após o enrijecimento das leis voltadas a posse de armas de fogo, a Polícia Federal (PF) prendeu mais de 114 pessoas que possuíam autorização CAC (sigla para colecionador, atirador e ,caçador) mas respondiam por algum tipo de crime na Justiça. Com informações do Globo.

A maioria dos presos era dos estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Pará.

De acordo com os dados obtidos através das prisões realizadas pela PF, dos 114 detidos, 18% respondiam por homicídio, 14% por roubo e furto e 5% por tráfico e associação ao tráfico. O restante (63%) se refere a investigados por variados crimes, de estupro de vulnerável, corrupção passiva a estelionato e extorsão mediante sequestro.

As prisões ocorreram após o governo federal ter anunciado regras mais duras para o controle de armamento, na contramão da gestão passada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de serem presos, os alvos também tiveram as armas e munições confiscadas pelos policiais. Das apreensões, 30% eram pistolas 9 mm, além de rifles (10%) e espingardas (3%). A 9 mm tinha comercialização restrita às forças policiais até o ex-capitão editar uma portaria que a classificava como de “uso permitido”.

Ex-presidente Jair Bolsonaro portando arma de fogo. (Foto: Reprodução)

As prisões foram possíveis por causa da determinação de recadastramento das armas, prevista em decreto baixado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro. Mesmo procurados por algum crime, os proprietários dos armamentos ainda tentaram fazer o cadastro para continuarem com elas.

Com os dados, a inteligência da PF cruzou os nomes desses CACs ou vigilantes com os do banco de dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nele, é possível consultar se uma pessoa tem mandados de prisão em aberto no país. Dezoito detidos eram inadimplentes de pensão alimentícia.

“Não é um trabalho simples. Será um esforço conjunto da equipe da inteligência junto com os técnicos do nosso do recadastramento”,  afirmou o diretor de Polícia Administrativa da PF, responsável pelo cadastro, o delegado Rodrigo Teixeira.

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