Policiais de MG anunciam paralisação e pedem reajuste ao governo Zema

Atualizado em 21 de fevereiro de 2022 às 21:56
Policiais de MG anunciam greve e pedem reajuste. Foto de multidão de manifestantes em uma rua de Belo Horizonte.
Policiais pedem 53% de recomposição salarial. Foto: Douglas Magno / AFP

Agentes de segurança do estado de Minas Gerais – policiais civis, militares, penais, bombeiros militares e agentes socioeducativos – anunciam paralização e pedem reajuste de salários ao governo Zema. A greve foi confirmada em assembleia por policiais que participaram de uma manifestação nas ruas de Belo Horizonte por reajuste salarial de 53% no dia de ontem. A decisão prejudica o governador do estado, que é pré-candidato à reeleição.

Apesar do anúncio, a Constituição proíbe a greve e sindicalização de membros de militares e demais agentes de segurança. Ao contrário de Romeu Zema (Novo), governadores de 17 estados já concederam aumentos salariais ou enviaram propostas de reajuste para as assembleias.

Os funcionários da segurança pública querem a recomposição salarial a fim de corrigir a perda com a inflação alta. Em 2020, Zema fez um acordo com a categoria e enviou um projeto à Assembleia Legislativa que previa a recomposição de 41% para ser paga em três parcelas. Porém, ao passar pelo Legislativo, apenas a primeira delas foi paga.

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A manifestação aconteceu na Praça da Estação, de onde os manifestantes seguiram até à Praça Sete. O presidente da Associação Mineira dos Policiais Penas e Servidores Prisionais, Luiz Gelada, disse que haverá uma “assembleia extraordinária conjunta com as todas as associações e sindicatos”.

O governo informou em nota que reconhece a necessidade de reposição salarial e mantém diálogo aberto em busca de uma solução, “mas com responsabilidade e previsibilidade fiscal”.

A constituição, no entanto, proíbe a realização de greves por agentes da Polícia Miliar, Civil, Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal e bombeiros, entre outros agentes de segurança.

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