“Politica de boa vizinhança”: Lula intensifica acenos a militares e planeja ida a formaturas

Atualizado em 16 de março de 2023 às 7:45
Presidente Lula passa a tropa em revista ao chegar ao Comando da Marinha – Foto: Cristiano Mariz

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem intensificando acenos aos militares após a crise que abalou as relações entre a caserna e o Palácio do Planalto depois dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

De acordo com informações do jornal O Globo, o presidente petista avalia que agora é a hora de reconstruir pontes. O mandatário e seus principais auxiliares creem que a manutenção de um bom ambiente com os militares dependerá de um cultivo permanente da relação.

O almoço de Lula com almirantes, na última quarta-feira (15), foi visto como mais um passo para essa  aproximação. O chefe do Executivo ficou reunido com os militares da Força e com o ministro da Defesa, José Múcio, por cerca de três horas. Na ocasião, ele ouviu pedidos de investimentos estratégicos.

O presidente Lula (PT) – Foto: Evaristo Sá/AFP

Embora o petista também não seja o favorito nas cúpulas das Forças, aliados acreditam que os integrantes do alto escalão tendem a agir com mais frieza e moderação. Diante disso, Lula deve comparecer em algumas formaturas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, como fazia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Já a participação do mandatário nos eventos dos caças e dos submarinos foi acertada em uma reunião com Múcio no começo do mês. Na próxima semana, Lula visitará as obras do Programa de Submarinos (Prosub), em Itaguaí (RJ).

Ele também deverá participar da cerimônia de inauguração da linha de produção dos caças Gripen na Embraer, em Gavião Peixoto (SP). Vale destacar que o orçamento do Ministério da Defesa para este ano reserva R$ 8,66 bilhões para investimentos.

O vice presidente Geraldo Alckmin também almoçou, na quarta-feira (15), com oficiais da Marinha. Alckmin recebeu o comandante do Exército, Tomás Paiva, e o chefe do Estado-Maior da Força, general Valério Stumpf, para coletar as prioridades de investimentos de cada uma das Forças.

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