Polônia se diz pronta para deixar caças à disposição dos EUA

Atualizado em 9 de março de 2022 às 9:43
Aviões de caça poloneses
Pentágono considera oferta não “sustentável”. Foto.Reprodução

Nesta terça-feira (8), o governo da Polônia colocou todos seus caças Mikoyan MiG-29 à disposição dos Estados Unidos para que sejam enviados à Ucrânia em apoio à resistência contra a invasão militar da Rússia. Entretanto, o Pentágono sinalizou a proposta como não sendo “sustentável” e afirmou que o governo americano continuará em contato com Varsóvia e outros aliados da Otan sobre a questão.

Segundo comunicado da chancelaria polonesa, as aeronaves podem ser enviadas imediatamente e de forma gratuita à base operada pelos EUA na Alemanha, Rammstein, para serem posteriormente enviadas à Ucrânia. Os ucranianos têm em suas frotas as mesmas aeronaves, portanto, não seria necessário um treinamento adicional para os pilotos locais.

“Ao mesmo tempo, a Polônia solicita aos EUA que proporcionem aviões usados com as correspondentes capacidades operacionais. A Polônia está disposta a estabelecer imediatamente as condições de compra dos aviões”, diz o comunicado.

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Polônia na OTAN

Em entrevista coletiva, o chanceler polonês, Mateusz Morawiecki, disse que só tomaria uma decisão final sobre o envio com o aval de todos os países da Otan. “Por isso estamos dispostos a entregar toda nossa frota de caças à Rammstein, mas não estamos dispostos a fazer nenhum movimento por conta própria porque, como disse, não somos parte dessa guerra”, afirmou.

De acordo com a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos do governo americano, Victoria Nuland, os poloneses não consultaram os americanos antes de fazerem a oferta. Mais tarde um porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse em comunicado que a oferta não é “sustentável”.

Durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nuland afirmou que a prioridade, neste momento, é avaliar as necessidades de segurança da Polônia, que compartilha 520 km de fronteiras com a Ucrânia. Hoje, o país é o principal ponto de entrada de refugiados ucranianos.

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