Três meses antes de confiscar a poupança, em 1990, Veja entrevistou Zélia Cardoso de Mello, apresentada como a economista de “charme discreto” de Collor.
Em uma de suas últimas edições de 2020, a revista nos reapresenta Paulo Guedes e a promessa de que 2021 será “o ano da virada”.
A entrevista foi recebida como uma piada em diferentes círculos.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, riu ao comentar a historinha contada por Guedes de que evitou o impeachment de Bolsonaro, com telefonemas a ministros do STF.
“Deixei de levá-lo a sério”, comentou. Segundo Maia, Guedes não cumpriu nem 10% das promessas que fez.
Na entrevista digna do Zorra Total, Guedes fala agora em crescimento de 4% em 2021.
A entrevista pode também ser vista como ameaça.
Quando Zélia apontava na Veja para um ano de controle da inflação e bonança, trinta anos atrás, veio o confisco da poupança.
O que Guedes nos reserva para 2021?
É bom ficar de olho, porque esse governo, até agora, só executou o projeto de Nero: colocar fogo em tudo.
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