Publicado originalmente no Outras Palavras:
Por José Álvaro de Lima Cardoso
A pandemia evidenciou para um número maior de pessoas, aquilo que já sabíamos há algum tempo: o impressionante e peculiar senso de solidariedade dos médicos cubanos. A devoção com que socorrem os pacientes onde se faça necessário, honrando ao extremo os princípios da medicina, sem esperar nada em troca, a não ser a gratidão e o carinho dos pacientes, é uma marca inconfundível dos médicos cubanos.
Os profissionais da Brigada Médica Cubana, com sua estatura, promovem o ser humano a um outro patamar civilizatório. A postura dos seus médicos é uma expressão dos princípios do próprio povo cubano. Somente uma sociedade guiada pela solidariedade e o amor ao próximo, poderia forjar profissionais da medicina baseados nestes mesmos valores.
Há um princípio popular de Cuba que, ajuda a entender a postura dos seus médicos, que diz: “em Cuba não damos o que está sobrando, mas dividimos o que temos”. Enquanto os Estados Unidos compram antecipadamente todas as vacinas possíveis, contra a covid-19, sem qualquer solidariedade humana com outros povos, Cuba divide seus profissionais de medicina com todos as nações do mundo.
O Comitê da Academia Sueca tem a chance histórica, e ao mesmo tempo a honraria, de conceder o Nobel da Paz a estes autênticos heróis do nosso tempo.
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