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Por que só agora Lewandowski disse que o impeachment é um atraso na democracia brasileira? Por Paulo Nogueira

Covarde

Por que só agora, com irreparável atraso, Lewandowski disse que o impeachment é um atraso na democracia brasileira?

Esta é mais uma das perguntas com as quais os ministros do STF terão que se defrontar perante a história.

A mais perturbadora delas caberá a Teori responder: por que ele esperou Eduardo Cunha fazer todo o seu trabalho imundo na Câmara para derrubar Dilma para só depois enxotá-lo?

Os dois casos contam muito sobre o papel do STF na destruição da democracia pelos plutocratas.

Os ministros foram omissos, coniventes, cúmplices, medrosos.

Entre eles, apenas os golpistas se manifestaram, como Gilmar e o decano Celso Mello. E fizeram insuportáveis pronunciamentos contra a ordem estabelecida, contra 54 milhões de votos.

Estes sabiam ter a retaguarda da mídia. Daí sua “coragem”.

Marco Aurélio Mello, que em dado momento esboçou ser um possível foco de defesa da democracia, desapareceu.

Lewandowski, o presidente então, deixou para falar o que deveria ter dito há meses só agora. Antes, fez um papel ridículo como juiz das sessões do Senado que acabariam derrubando Dilma.

Pior do que não falar em defesa de uma causa justa e nobre, como era a de Dilma, é falar quando as palavras já não têm poder nenhum.

É o que fez Lewandowski.

Paulo Nogueira

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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