Tevez vai ser campeão do mundo em 2014

Atualizado em 14 de agosto de 2013 às 0:04
"I am happy here"

 

Ladies & Gentlemen

Vou falar de um personagem que vocês, brasileiros, conhecem bem: Tevez. Modéstia à parte, ele é do meu time, o City.

Tevez é o melhor jogador da Premier League. Até minha mulher Chrissie, que discorda de mim em tudo, concorda aí.

Tevez teve um problema com o técnico Roberto Mancini no ano passado, como você se lembram. Ele estava no banco de reservas – um absurdo – e decidiu não entrar, com toda a razão, no final de um jogo perdido. Depois, afirmou que não entendeu a ordem por não saber inglês.

Fiquei ao lado dele no conflito. Sempre fico ao lado dos craques nos embates entre eles, os técnicos e os cartolas, porque são os jogadores que fazem os gols e dão a nós, torcedores, os títulos.

Tevez ficou afastado, quase foi vendido, e afinal voltou a tempo de fazer gols decisivos para que nós ganhássemos, depois de uma seca saahriana, a Premier League. Meu filho Teddy, mais fanático que eu, jamais vira seu time ser campeão, aos 22 anos.

Tevez tem tudo aquilo que um torcedor deseja num jogador: uma técnica refinada e uma raça sobrehumana. Nunca vi Tevez fugir de uma dividida. Nunca vi Tevez se assustar com a violência de zagueiros duas vezes maiores que ele.

E ele voltou com uma novidade: está tentando falar inglês para se integrar à Inglaterra. Por enquanto, está naquele nível que vocês conhecem: fala a mesma coisa diante de várias perguntas porque não entende nenhuma delas. “I am happy here”, ele disse muitas vezes depois do último jogo a um repórter de televisão para diferentes perguntas.

Não quero assustar vocês, mas entendo que o Brasil em 2014 disputará o segundo lugar com as demais seleções. Messi e Tevez, juntos, são uma dupla mais que perfeita.

Já era para eles terem sido campeões do mundo na última Copa. A Argentina tinha o melhor time e o melhor técnico. Mas tombou ante os abomináveis alemães, de quem os argentinos ganhariam nove em dez vezes.

Foi como se tivesse caído um raio no gramado. Ou, como meu amigo PN me contou, como se Sobrenatural de Almeida, que eu chamaria de Johnny Supernatural, ou JS, interviesse. (Fiquei muito curioso para ler coisas do criador de JS, mas não encontrei uma única tradução de um livro dele para o inglês. Shit.) Mas até JS não pode derrotar duas vezes a superpotência combinada de Messi e Tevez. Mesmo minha mulher Chrissie, que discorda de tudo comigo, haveria de concordar nisso.

Cheers.

Tradução: Erika Nakamura.

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Aos 53 anos, o jornalista inglês Scott Moore passou toda a sua vida adulta amargurado com o jejum do Manchester City, seu amado time, na Premier League. Para piorar o ressentimento, ele ainda precisou assistir ao rival United conquistando 12 títulos neste período de seca. Revigorado com a vitória dos Blues nesta temporada, depois de 44 anos na fila, Scott voltou a acreditar no futebol e agora traz sua paixão às páginas do Diário.