Precisamos saber o que aconteceu com Casagrande. Por Moisés Mendes

Atualizado em 6 de julho de 2022 às 20:54
Casagrande não faz mais parte da Globo

A Globo deveria recolher e esconder num canto os mil motivos que poderia ter para mandar Casagrande embora. Deveria considerar antes que há um milhão de motivos para que ele ficasse, principalmente agora, nas complicadas circunstâncias políticas do país.

A organização fica exposta a todo tipo de especulação ao dispensar a sua voz mais destemida e potente contra o bolsonarismo e a extrema direita.

Podem dizer que a Globo tentou evitar a demissão, a três meses da eleição e no ano da Copa, e que Casagrande foi quem saiu porta afora.

Podem dizer o que quiserem, mas a saída de Casagrande nesse momento é talvez uma das maiores barbeiragens cometidas na história da Globo.

Se a Globo ainda é inimiga de Bolsonaro, o comentarista não poderia nunca ter sido mandado embora. E se pediu para sair, deveria ter sido contido e convencido a ficar.

A direção teria que chamar Casagrande e dizer: daqui você não sai antes da eleição. A Globo teria que conter Casagrande, para evitar o estrago que está sendo feito.

O grupo passa a ser visto com desconfiança, não só pelos corintianos que amam Casagrande, mas pelo público que o admira pela coragem de dizer, como comentarista e como cidadão, que o que a maioria das celebridades do futebol não diz.

Podem até tentar dizer, com voltas e floreios, mas sem a contundência de Casagrande.

Uma hora saberemos, e saberemos logo, o que aconteceu entre Casagrande e a Globo. São conversas para boi manso dormir as histórias sobre o alto salário e a briga com o comando da área de esportes.

Não há comando de área alguma que possa rivalizar com um cara do tamanho de Casagrande. O VAR do jornalismo nos dirá daqui a pouco o que aconteceu.

Publicado originalmente no blog do Moisés Mendes

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