Grupo Prerrogativas pretende eleger bancada anti-Lava Jato

Atualizado em 28 de março de 2022 às 21:42
Um Recado Poderoso
Coordenador do Prerrogativas e Lula abraçados no jantar pela democracia do grupo/ Foto: Reprodução

Com o intuito de formar uma “bancada anti-Lava Jato” no Congresso, o grupo de advogados Prerrogativas, ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), articula candidaturas de uma série de advogados à Câmara dos Deputados e ao Senado nas eleições deste ano.

Entre as candidaturas estão as dos advogados Augusto Arruda Botelho, que se filiou ao PSB para disputar uma vaga de deputado federal por São Paulo; Luciana Boiteux, que tentará uma vaga na Câmara pelo PSOL no Rio; e Tiago Botelho, que pretende disputar o Senado pelo PT no Mato Grosso do Sul.

O grupo também se promete em se empenhar pela eleição à Câmara do ex-deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) e da ex-senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), além da reeleição dos atuais deputados Rui Falcão (PT-SP), Paulo Teixeira (PT-SP) e Fábio Trad (PSD-MS).

Com o mesmo objetivo, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, também tenta convencer o criminalista Antônio Carlos de Almeida, o Kakay, a concorrer ao Senado pelo Distrito Federal. Segundo interlocutores, Kakay, no entanto, resiste à ideia.

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A origem do Prerrogativas

Grupo Prerrogativas diz que “STJ faz Dallagnoll pagar pelos seus erros”. Foto dos integrantes em um evento.
Grupo Prerrogativas. Foto. Reprodução

Em 2014, três advogados, ex-colegas da faculdade de Direito, montaram um grupo de WhatsApp para discutir dois assuntos: o avanço da Operação Lava Jato, deflagrada no início daquele ano; e o questionamento, por parte do PSDB, do resultado da eleição presidencial, na qual seu então candidato, Aécio Neves, perdeu para Dilma Rousseff. Na visão desses três advogados, eram fatos que, no futuro, poderiam colocar em risco a democracia. O grupo foi batizado de Prerrogativas.

“A gente entendia que a Lava Jato era o avanço de um processo que já tinha começado na ação penal 470, o chamado mensalão, quando o Supremo Tribunal Federal foi palco de espetacularização da Justiça criminal, com forte apelo midiático. Quando as eleições acabaram, Aécio assumiu a tribuna do Senado e fez um discurso muito raivoso, questionando o resultado. Ali sentimos que poderia estar nascendo o ‘ovo da serpente’, que poderia colocar a democracia e as instituições em risco. E a gente resolveu criar o grupo como uma espécie de observatório da democracia”, diz o advogado Marco Aurélio de Carvalho ao Gazeta do Povo.

É assim que ele descreve a origem do Prerrogativas, grupo que fundou e hoje coordena, e se notabilizou nos últimos anos pelas sucessivas derrotas que ajudou a impor à Lava Jato e, principalmente em 2021, por uma série de ações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.

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