Preso no 8/1, “Patriota capixaba” é preso de novo após atacar ministros do STF

Atualizado em 22 de setembro de 2023 às 20:50
Bolsonarista Marcos Soares Moreira. Foto: Reprodução

O bolsonarista Marcos Soares Moreira, conhecido como “patriota capixaba”, foi preso novamente nesta sexta-feira (22) após a viralização de um vídeo em que pede uma nova prisão e ataca os ministros do Supremo Tribunal Federal: “Me prendam novamente. Eu não estou com medo”. Com informações da Folha de S.Paulo.

O extremista havia conseguido sua libertação após ser indiciado por crimes menos graves, sujeitando-se a cumprir diversas condições estipuladas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Contudo, ele voltou a fazer postagens nas redes sociais atacando a Corte.

Moreira enfrenta acusações de ter sido um dos instigadores dos atos golpistas de 8 de janeiro, os quais envolveram pessoas que foram detidas no acampamento diante do quartel-general do Exército, em Brasília, logo após as invasões e depredações das sedes dos três Poderes.

No vídeo ele afirma que nunca se submeterá aos “criminosos” detentores da caneta e menciona Alexandre de Moraes e Rosa Weber, presidente do tribunal. Ele também desqualifica os ministros e desafia o Supremo a prendê-lo.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Pedro Ladeira

Moreira estava proibido de usar as redes sociais, uma das medidas cautelares impostas.

“Mesmo ciente dessa proibição [do uso de redes sociais] e demonstrando total desrespeito pela Justiça, o acusado publicou dois vídeos na plataforma TikTok, nos quais ataca esta corte e profere diversas ofensas à honra dos ministros que a compõem. Em uma das publicações, convoca manifestantes a irem às ruas no dia 12 de outubro de 2023, ‘contra essa pauta absurda que esta Justiça está colocando para ser votada, a fim de liberar o assassinato e o homicídio de bebês'”, escreveu Moraes em sua decisão.

Entre as medidas cautelares impostas a Moreira, além da proibição de uso das redes sociais, estavam a obrigatoriedade de comparecer semanalmente ao Juízo de Execução, a proibição de deixar o país com a entrega de seu passaporte, a suspensão de qualquer posse de arma de fogo e a proibição de comunicação com outros envolvidos. A substituição da prisão por essas medidas cautelares ocorreu em maio.

“Neste contexto, a notícia de que o acusado violou a medida cautelar imposta a ele quando da concessão de liberdade provisória é motivo suficiente para a decretação da prisão”, afirmou Moraes.

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