O governo de São Paulo informou nesta quinta-feira (7) que os manifestantes presos durante o protesto contra a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) foram indiciados por lesão corporal, dano, associação criminosa, resistência e desobediência.
Quatro pessoas foram presas em flagrante na quarta-feira (6) durante a votação do projeto na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). São três homens e uma mulher, com idades de 22 a 36 anos.
A mulher detida é presidente estadual de São Paulo do partido Unidade Popular (UP).
Segundo a Polícia Militar, o grupo estava “depredando o patrimônio da Assembleia Legislativa”. Os manifestantes teriam tentado quebrar o vidro que separa deputados e o público.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a polícia usando spray de pimenta e batendo nos manifestantes com cassetetes. Após o episódio, a votação foi retomada sem a presença do público. O projeto foi aprovado com 62 votos favoráveis e um contrário.
CENAS DE BARBÁRIE AQUI NA @AssembleiaSP !!
A tropa de choque do @tarcisiogdf veio com spray, cacetete e disposição pra bater em manifestante e funcionários nas galerias durante a votação da privatização da Sabesp.
O GOVERNADOR QUER PRIVATIZAR A SABESP À FORÇA! pic.twitter.com/5LWXr6IjWC
— Monica das Pretas (@MonicaSeixas) December 6, 2023
Em nota, o UP afirmou que os manifestantes foram agredidos desproporcionalmente. “Trata-se de mais uma violência: criminalizar as pessoas que lutam contra a entrega do patrimônio público. Vídeos e fotos mostram as agressões desproporcionais e crimes cometidos pelos policiais militares contra manifestantes que estavam no plenário da Alesp, e saíram bastante machucados”, disse o partido.
O juiz ainda decidirá se os indiciados responderão em liberdade, segundo o UP.