Processos contra Bolsonaro em Haia caminham para serem aceitos, diz Jamil Chade

Atualizado em 1 de maio de 2023 às 7:25
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

De acordo com a coluna de Jamil Chade, do UOL, os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Penal Internacional de Haia caminham para serem aceitos.

As acusações que pesam contra o ex-chefe do Executivo são o desmonte das políticas indigenistas e possíveis crimes contra essas populações.

Três fontes diferentes em Haia e no Brasil sinalizaram que existem sinais claros de que os processos contra o ex-presidente ganharam novo ritmo e que há uma forte tendência a uma admissibilidade dos casos.

Na terça-feira (02), o Brasil receberá uma representante da ONU que tem, como mandato, investigar riscos de genocídio entre uma população. A queniana Alice Wairimu Nderitu, conselheira especial do secretário-geral para a Prevenção de Genocídio, ficará no país até 12 de maio e focará sua agenda na situação dos povos indígenas e da comunidade afrobrasileira.

Além disso, entidades brasileiras submeterão um novo informe para o Tribunal Penal Internacional, com detalhes da situação de crise humanitária vivida pelo povo yanomami. Novamente, o foco cairá contra Bolsonaro.

Desde 2020, Bolsonaro tem sido alvo de diferentes denúncias no Tribunal Penal Internacional. Pelo menos uma delas foi arquivada. Mas queixas relativas à situação dos indígenas chamaram a atenção da procuradoria da corte que, por ano, recebe mais de 700 denúncias de todo o mundo.

Casos como o que foi apresentado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil apontavam para crimes resultantes do desmonte da assistência às populações tradicionais. Uma das tendências em Haia é a de reunir, em uma só avaliação, as diferentes evidências apresentadas pelos diferentes grupos.

crianças yanomami desnutridas
Crianças em estado de desnutrição sendo atendidas pela missão de saúde. Foto: Reprodução
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