Promotor tira indiciamento de Felipe Neto por “corrupção de menores” do delegado do inquérito de Carluxo

Atualizado em 6 de maio de 2021 às 16:18
Felipe Neto. Foto: Reprodução/YouTube

Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu arquivamento do processo contra o youtuber Felipe Neto por “corrupção de menores”.

Esse parecer será analisado pela Justiça, que dará uma decisão definitiva sobre o caso. O documento assinado ontem pelo promotor Alexandre Themistocles, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada. Ele indicou no parecer que não há elementos que configurem o crime de corrupção de menores apontado pela Polícia Civil.

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Felipe Neto foi indiciado pelo crime em novembro de 2020 pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro. É a mesma que o intimou em março deste ano a depor por ter chamado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “genocida”. De acordo com a Polícia Civil, o youtuber teria cometido o crime por não ter limitado a classificação etária de vídeos seus com conteúdo e linguajar inapropriado para menores.

O processo sobre Bolsonaro foi aberto após o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho 02 do presidente da República, protocolar uma notícia-crime contra Felipe Neto na DRCI, que tem como titular o delegado Pablo Dacosta Sartori. O influenciador digital foi convocado a depor com base na LSN (Lei de Segurança Nacional), criada durante o período da ditadura militar no país, por supostamente caluniar e difamar o presidente.

De acordo com a revista Época, o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Alan Turnowski, não quer mais que o delegado Sartori, da DRCI, investigue crimes cibernéticos que envolvam autoridades públicas. Turnowski avalia que Sartori estava ficando muito exposto diante do possível uso político da Delegacia de Crimes de Informática.

Confira o documento do MP que foi enviado ao Diário do Centro do Mundo (DCM).