Depois de enviar tropas nas autoproclamadas repúblicas russas étnicas no leste da Ucrânia, o governo de Vladimir Putin diz que está pronto para negociar com os Estados Unidos.
Segundo a Folha de S.Paulo, Putin moveu uma peça vital na disputa em torno do desenho da segurança europeia na segunda (21), quando reconheceu as ditas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, lar para cerca de 4 milhões de pessoas, a maioria russa étnica, 800 mil delas com passaportes do vizinho maior. Alegou riscos de escalada das escaramuças dos últimos dias para uma ação militar que Kiev nega.
Com isso, e um discurso agressivo em que basicamente negou que a Ucrânia seja um Estado em si, o presidente russo colocou o Ocidente em xeque.
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Putin x Ucrânia
Na prática, é o que pode acontecer com o Donbass (leste ucraniano), desde 2014 autônomo na esteira da guerra civil fomentada pelo Kremlin após a anexação da península da Crimeia. Isso, além de historicamente território russo, é sede de sua valiosa Frota do Mar Negro.
Desde novembro, o presidente tem concentrado tropas em exercícios militares em torno da Ucrânia —150 mil delas, pelo menos, segundo os EUA. Negou que irá invadir o país, mas após reconhecer os territórios rebeldes determinou que tropas russas o ocupem numa missão de “força de paz”.
É algo que ocorre em outros pontos, como no encrave separatista russo da Transdnístria (Moldova), uma relíquia do desmonte da União Soviética em 1991, e nas duas áreas étnicas russas que se tornaram autônomas após a guerra entre Moscou e a Geórgia em 2008, a Abkházia e a Ossétia do Sul.
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