Quando eu mudei minha visão sobre sexo

Publicado no site Biscate Social Club. A autora é Claudia Gavenas.

Já fui dessas pessoas (sim, elas existem aos montes por aí) que acreditavam jamais conseguir transar com alguém por quem eu não fosse, no mínimo, apaixonada. Não sei ao certo se isso foi fruto da educação essencialmente conservadora que tive, da minha baixa auto-estima ou se o sexo é tão introjetado em nossa sociedade como algo sujo e imoral, que ainda afeta boa parte das pessoas, especialmente mulheres. Contudo, não pretendo cagar regras ou trazer receitas prontas sobre como deixar de pensar assim, até porque não cabe a mim decidir nada sobre a vida de ninguém. Aqui, só falo por mim.

Sempre que eu ouvia amigos ou outras pessoas falando sobre suas vidas sexuais, eu meio que torcia o nariz ao saber que em boa parte das situações, predominava o sexo casual. Deixar-se levar pelo tesão, pelo calor do momento era algo que eu certamente não achava que “combinava” comigo. Só que, como para tudo na nossa existência, o que realmente conta é a experiência. É permitir-se viver algo que fuja da rotina quando se tem um momento oportuno.

E assim foi.

Sabe quando você sai de um relacionamento que já tinha chegado ao fim, mas que só você não se deu conta disso e o outro vem e põe um basta? Era assim que eu estava. E quando a carência vem, aquela carência de afeto, de carinho, de pele mesmo, nem o melhor dos passatempos consegue suprimir. É seu corpo que pede outro toque que não seja o seu próprio. Sua boca pede beijos. E sua imaginação acaba se transformando numa bomba atômica, graças aos seus hormônios, esses safadjenhos.

Resolvi dizer sim e abracei uma oportunidade que veio do acaso… E foi bom. Bom demais, e não só para a pele. Foi libertador e libertar-se revigora, sabe?

Vejam bem: não estou dizendo que todo mundo deve fazer ou não isso. Insisto. Porque como falei logo ali em cima, cada um é cada um e felicidade não é receita de bolo (se bem que um bolinho de cenoura com cobertura de chocolate agora não seria nada mau, viu…). Mas por que não se deixar levar de vez em quando?

Definitivamente, para mim hoje: sexo é uma coisa, amor é outra. Eles são perfeitamente separáveis e podem conviver muito bem assim, cada um do seu jeitinho. Talvez, quando eles andam juntos, se complementam e fique bem bom. Mas aproveitar esses momentos carnais não mata nem te manda para o inferno. Eu acho…

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