Queiroga ficou com medo de ser demitido e antecipou volta

Atualizado em 4 de outubro de 2021 às 16:27
Queiroga com a mão na máscara, que está colocada
Queiroga quis voltar rápido ao Brasil porque estava com medo de perder o emprego – Foto: Reprodução

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga antecipou sua volta ao Brasil porque estava com medo de ser demitido. Com covid-19, ele ficou em quarentena nos EUA, mas fez diversos testes até um dar negativo e ele ser liberado. Tudo isso porque o ministro estava morrendo de medo de perder o emprego.

O DCM conversou com pessoas ligadas à Saúde e elas confirmaram que Queiroga se sentiu balançando nos últimos dias. Isso porque, o que vinha o segurando era seu perfil de guerrilheiro em defesa a Bolsonaro. Mas a Covid o afastou da guerra política, além de criar uma celeuma da presidência com outros líderes mundiais.

Embora Bolsonaro não tenha falado publicamente sobre mudança na Saúde, o tema apareceu em conversas privadas. Um interlocutor com entrada no Planalto confirmou que o presidente está insatisfeito com o ministro. As razões são variadas, mas a mais importante, é a resistência em vencer a narrativa das vacinas. O sonho do presidente era que Queiroga conseguisse fazer o que Guedes fez.

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Queiroga balança

O ministro da Economia ainda não balança por uma única razão. Ele deu protagonismo ao presidente no caso do Auxílio Emergencial. Bolsonaro entende que o trabalho de Guedes ajudou a convencer o brasileiro que a ajuda foi do Executivo. Neste plano, o governo venceu o Congresso e pegou para si os louros do projeto.

No caso das vacinas, ele não vem obtendo o mesmo sucesso. Apenas seu grupo acredita que ele é o protagonista pelo arrefecimento da Covid-19 no Brasil. A maioria dá crédito aos governadores e até ao STF pelas regras como o distanciamento social e máscaras. Mas Bolsonaro quer o protagonista pela compra das vacinas e nem isso, até o momento, Queiroga conseguiu.

Com o bom desempenho de seu substituta no período em que esteve fora, seu nome ficou na berlinda. Um aliado chegou a avisá-lo que o risco estava alto e ele precisava voltar para apagar incêndio. A partir daí, o ministro fez exames periódicos, mais de um por dia, até conseguir um negativo. E voltou correndo para proteger o emprego.