Quem é Afrânio Barreira, dono do Coco Bambu, que defende golpe de Estado em grupo de empresários

Atualizado em 18 de agosto de 2022 às 11:46
Dono do Coco Bambu, Afrânio Barreira defende golpe em grupo com empresários bolsonaristas
Dono do Coco Bambu, Afrânio Barreira ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Entre o grupo de empresários que defende um golpe de Estado caso Lula vença as eleições, mais um nome chamou atenção e viralizou nas redes sociais: Afrânio Barreira, dono do grupo Coco Bambu.

Enquanto membros do espaço no WhatsApp defendiam uma ruptura institucional e atacavam instituições que se opõem ao presidente Jair Bolsonaro, o empresário reagiu a uma mensagem de José Koury, dono do Barra World Shopping, em que ele afirma preferir uma ruptura do que o retorno do PT ao governo, com uma figurinha de “joinha”.

Print do grupo “Empresários & Política”
Foto: Reprodução

Afrânio é defensor fiel de Bolsonaro desde as eleições de 2018, quando sua empresa doou cerca de R$ 40 mil para a campanha do atual presidente.

Em 2020, ele declarou abertamente apoio ao mandatário, além de defender o uso de medicamentos não comprovadamente eficazes contra a Covid-19. A mensagem foi enviada também por WhatsApp e dizia que os “formadores de opinião” tratavam a cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada, como tabu, “justamente por ter sido o presidente Bolsonaro o primeiro a abordar o tema.”

Durante a pandemia, um dos restaurantes que pertencem ao grupo Coco Bambu, o Vasto, foi palco para o pedido de propina para compra de vacina. Representante da empresa de vacinas Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Após a repercussão dos diálogos, que ocorreram no grupo “Empresários & Política” no WhatsApp, o empresário negou apoio a ações anti-democráticas. “Nunca me manifestei a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática. Fico surpreso com a alegação de que eu seria um apoiador de qualquer tipo de rompimento com o processo democrático”, afirmou. “Isso não corresponde com o meu pensamento e posicionamento”.

Além de Afrânio, o espaço tem como membros Luciano Hang, dono da Havan; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan e Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia.

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