Entre o grupo de empresários que defende um golpe de Estado caso Lula vença as eleições, mais um nome chamou atenção e viralizou nas redes sociais: Afrânio Barreira, dono do grupo Coco Bambu.
Enquanto membros do espaço no WhatsApp defendiam uma ruptura institucional e atacavam instituições que se opõem ao presidente Jair Bolsonaro, o empresário reagiu a uma mensagem de José Koury, dono do Barra World Shopping, em que ele afirma preferir uma ruptura do que o retorno do PT ao governo, com uma figurinha de “joinha”.
Afrânio é defensor fiel de Bolsonaro desde as eleições de 2018, quando sua empresa doou cerca de R$ 40 mil para a campanha do atual presidente.
Em 2020, ele declarou abertamente apoio ao mandatário, além de defender o uso de medicamentos não comprovadamente eficazes contra a Covid-19. A mensagem foi enviada também por WhatsApp e dizia que os “formadores de opinião” tratavam a cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada, como tabu, “justamente por ter sido o presidente Bolsonaro o primeiro a abordar o tema.”
Durante a pandemia, um dos restaurantes que pertencem ao grupo Coco Bambu, o Vasto, foi palco para o pedido de propina para compra de vacina. Representante da empresa de vacinas Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.
Após a repercussão dos diálogos, que ocorreram no grupo “Empresários & Política” no WhatsApp, o empresário negou apoio a ações anti-democráticas. “Nunca me manifestei a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática. Fico surpreso com a alegação de que eu seria um apoiador de qualquer tipo de rompimento com o processo democrático”, afirmou. “Isso não corresponde com o meu pensamento e posicionamento”.
Além de Afrânio, o espaço tem como membros Luciano Hang, dono da Havan; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan e Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia.