O general Marcos Edson Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já trabalhou com o presidente Lula durante outras gestões. GDias, como é conhecido, atuou no comando de segurança pessoal do presidente Lula entre 2003 e 2009.
À época, ele ficou conhecido como “sombra” de Lula, por estar ao lado do petista em todos os compromissos, como agendas oficiais, e outros programas, como pescaria. Após as duas primeiras gestões do presidente, GDias foi chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), período em que foi promovido ao posto de general.
Ele voltou a trabalhar com o petista durante a campanha eleitoral de 2022. Na época, sua equipe de segurança foi contratada para auxiliar na montagem de eventos do petista pelo país.
Durante a transição de governo, Dias foi indicado para integrar o grupo temático da área de inteligência estratégica. Ele é um dos conselheiros e interlocutores de Lula junto das Forças Armadas.
O general aparece em imagens divulgadas pela CNN Brasil durante os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Na ocasião, o chefe do GSI estava no Palácio do Planalto e a emissora sugeriu que ele estava orientando os bolsonaristas que invadiram o prédio.
Os vídeos têm sido usados por bolsonaristas para estimular a narrativa de que o governo Lula teria papel nos ataques. O ex-presidente Jair Bolsonaro tem coordenado a criação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar os ataques terroristas de 8 de janeiro e implicar o presidente no evento.
Dias participaria nesta quarta (19) da comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para falar sobre o ataque. Ele entregou, no entanto, um atestado médico e não participou da sessão.