Quem é Marcelle Decothé, assessora demitida de ministério após críticas à torcida do SPFC

Atualizado em 26 de setembro de 2023 às 20:21
Marcelle Decothé, ex-ministra de Anielle Franco demitida por atacar a torcida do São Paulo. Foto: Reprodução

Marcelle Decothé, ex-assessora do Ministério da Igualdade Racial, foi demitida nesta terça (26) após publicação de uma postagem em seu Instagram na qual criticava a “torcida branca” do São Paulo. Ela, que viajou ao estado para assistir a final da Copa do Brasil, é ativista de direitos humanos e torcedora do Flamengo, rival do time paulistano na decisão.

Marcelle foi agregada à equipe da pasta em fevereiro deste ano, mas já trabalhava com Anielle Franco desde 2020, quando passou a coordenar o Instituto Marielle Franco. Antes, havia sido assessora parlamentar da ex-deputada estadual Mônica Francisco (PSOL)

Nascida em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e formada em Defesa e Gestão Estratégica Internacional pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a carioca deu aulas para pessoas carentes.

Tecnicamente preparada, ela fez mestrado e doutorado em Políticas Públicas em Direitos Humanos e atuou como pesquisadora no Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. Além disso, participou de pesquisa sobre Eleições e Evangélicos e prestou consultoria para o “Fórum Grita Baixada”, movimento social voltado aos direitos humanos da Baixada Fluminense.

Ex-assessora de Anielle Franco critica torcedores do São Paulo: “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu”. Foto: Reprodução

Segundo nota divulgada pelo Ministério da Igualdade Racial, as publicações de Marcelle “estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos” da pasta, o que justificou sua exoneração, que foi feita como uma forma de “evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento da missão institucional”.

A então assessora acompanhava a titular da pasta da Igualdade Racial em agenda oficial, na qual houve a assinatura de um protocolo juntamente com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) contra o racismo.

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