Quem é Roberto Dias, o servidor acusado de corrupção que Bolsonaro bancou na Saúde

Atualizado em 7 de julho de 2021 às 18:21
Roberto Dias

Roberto Dias Ferreira, exonerado do setor de Logística do Ministério da Saúde, é o centro das atenções da CPI da Covid nesta quarta, 7.

É acusado por Luiz Paulo Dominguetti de intermediar propina na compra de vacinas pelo governo.

Dias tem 40 anos.

Foi controlador de voo e assessor de investimentos no mercado financeiro.

Fracassou na ideia de criar uma corretora de crédito, a Dax Cred.

Acabou ingressando no serviço público através de concurso no Paraná.

Ali conheceu Cida Borghetti (PP), vice-governadora e mulher do deputado e ex-ministro da Saúde de Temer, Ricardo Barros. Dias cresceu na estrutura do Estado pelas mãos de Cida.

Pulou para o ministério da Saúde, em 2019, nomeado pelo então ministro Luiz Henrique Mandetta, por indicação de Ricardo Barros. Mandetta defendeu sua capacidade técnica e ressaltou seu currículo mesmo após as denúncias.

Dias chefiava um setor responsável por pagamentos de cerca de R$ 10 bilhões anuais para a compra de medicamentos e insumos. Na pandemia, saltou para mais de R$ 30 bilhões.

Eduardo Pazuello, o general que Bolsonaro pôs na Saúde após Mandetta tentou demitir Dias, mas foi impedido pelo mandatário. Ele já tinha se envolvido em irregularidades num contrato para compra de 10 milhões de kits de testes de Covid.