
A influenciadora Karol Eller morreu nesta quinta (12) em São Paulo e o caso foi identificado como “suicídio consumado” pela polícia. Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, ela tirou a própria vida um mês depois de renunciar à “prática homossexual”.
Prima de terceiro grau da cantora Cassia Eller, ela tinha 36 anos e foi promotora de eventos antes de se tornar influenciadora. Ela tinha mais de 700 mil seguidores no Facebook e 200 mil no Instagram e usava as redes para compartilhar informações sobre como era viver nos Estados Unidos.
Karol se aproximou da família Bolsonaro em 2019 e foi nomeada em cargo da EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Foi demitida no início deste ano após participar dos ataques terroristas de 8 de janeiro. Posteriormente, ela se tornou assessora do deputado estadual Paulo Mansur (PL), em São Paulo.
Ela era próxima do filho 04 de Bolsonaro, Jair Renan, e já apareceu ao lado de ex-ministros de seu governo, como Paulo Guedes (Economia) e Damares Alves (Direitos Humanos). Sua morte foi anunciada por parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Karol era lésbica, mas anunciou que renunciaria à “prática homossexual” após participar de um retiro espiritual igreja Assembleia de Deus, no interior de Goiás. “Renunciei aos vícios e renunciei aos desejos da minha carne para viver em Cristo”, afirmou na ocasião.
A influenciadora publicou uma “carta de despedida” antes de sua morte na noite de ontem. Em posts nas redes sociais, ela dizia que “perdeu a guerra” e pediu perdão “por causar dor” a pessoas próximas.
Dique 188, busque ajuda
O Centro de Valorização da Vida (CVV) atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo de maneira voluntária e gratuita. A depressão pode levar a atitudes extremas se não for tratada corretamente.
Cerca de mil pessoas procuram ajuda do CVV por mês e o serviço é um dos poucos que oferece ajuda de graça. São cerca de 50 voluntários atendendo por 24 horas.