“Quem fizer algo errado, será convidado gentilmente a deixar o governo”, diz Lula em reunião ministerial

Atualizado em 6 de janeiro de 2023 às 12:14
O presidente Lula (PT) na primeira reunião ministerial de seu novo governo, em terceiro mandato
Foto: Reprodução/YouTube

Na manhã desta sexta-feira (6), na primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os ministros que tiverem alguma ação ilícita serão expulsos do governo.

“Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, declarou o presidente, no Palácio do Planalto. “Nossa tarefa é uma tarefa árdua, mas é uma tarefa nobre. A gente vai ter que entregar esse país melhor”.

Durante a reunião, o presidente também afirmou aos seus ministros que é preciso manter uma “boa relação com o Congresso Nacional” e que eles “têm a obrigação de manter a mais harmônica relação com o Congresso”.

“Não tem importância que você divirja de um deputado ou senador. Quando a gente vai conversar, a gente não está propondo um casamento, estamos propondo aprovar uma tese ou fazer uma aliança momentânea em torno de algum assunto que interessa ao povo brasileiro”, disse.

“É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada senadora que o buscar”.

O presidente também disse que iniciará quantos diálogos forem necessários com lideranças, partidos políticos e os presidentes do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP). “Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro”, afirmou o presidente.

“Então, eu quero que vocês saibam que vocês contem comigo porque eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E assim nós vamos governar esses quatro anos”.

O petista solicitou aos seus ministros que deem o máximo de atenção possível aos parlamentares e que, do outro lado, todos também devem colaborar para ser bem tratados dentro dos ministérios.

Lula também elogiou a classe política e disse que em seu novo governo pretende estabelecer a sua base com escolhas técnicas, mas que não se pode deixar de observar a questão política, em relação aos últimos anos.

“Muitos de vocês são resultados de acordos políticos, porque não adianta a gente ter o governo tecnicamente mais formado em Harvard possível e não ter um voto na Câmara dos Deputados e não ter um voto no Senado. é preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda, nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso”, encerrou.

Assista a reunião:

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