“Quis chutar a porta e acabei falando besteira”: leia a íntegra do depoimento de Mauro Cid ao STF

Atualizado em 22 de março de 2024 às 23:12
O tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou pública na noite desta sexta-feira (22) a ata de audiência de Mauro Cid, na qual o militar confirmou integralmente os termos de sua delação premiada.

“Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações, torno pública a ata de audiência realizada para a oitiva do colaborador, no dia 22/3/2024, às 13h, na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal, com a presença da Procuradoria-Geral da República e dos defensores”, afirmou o ministro na decisão.

Trecho do depoimento de Mauro Cid ao STF. Reprodução

No depoimento, o ex-ajudante de ordens tenta enrolar Moraes alegando que “quis chutar a porta e acabou falando besteira”. Ele também entrega pessoas com as quais teria conversado no áudio patético que vazou, entre eles o cunhado, a prima e colegas de farda.

O tenente-coronel afirmou que aderiu à delação premiada de maneira voluntária, negando qualquer influência da Polícia Federal em suas declarações. “Nunca houve induzimento às respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a falar algo que não teria acontecido”, declarou Cid, conforme registrado na ata do depoimento.

Ele mencionou estar atravessando um período “mais sensível”, motivado pelo bloqueio de sua promoção no Exército.

“Isso foi apenas um desabafo. Uma maneira de se expressar”, afirmou ele na transcrição. “De forma genérica, todos acabam por dizer coisas que não deveriam”, acrescentou.

Cid foi detido por não cumprir medidas cautelares e por obstrução à Justiça. A ordem de prisão preventiva foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a audiência na qual o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro reiterou o conteúdo da delação premiada estabelecida com a Polícia Federal (PF), cuja validade permanece em análise.

Conheça a íntegra:

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