Racha na oposição: deputados de PP e PL querem aderir ao governo

Atualizado em 13 de julho de 2023 às 19:15
Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal – Foto: Reprodução

O Partido Liberal (PL) de Valdemar Costa Neto e o Progressistas (PP) de Ciro Nogueira e Arthur Lira, estariam passando por um momento de grande turbulência interna. As informações são da coluna de José Casado, na Veja.

Ambos os partidos, juntos, possuem uma bancada de 148 deputados e 17 senadores. Tais números representam mais votos nos plenários do Congresso do que o bloco governista comandando pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Segundo o colunista, entretanto, muitos parlamentares têm preferido sofrer no poder do que viver longe dele. Principalmente, às vésperas de uma nova rodada de disputas municipais. Uma vez que as eleições municipais acabam provocando certa euforia aos parlamentares, que acabam ficando sensíveis aos encantos dos cargos e verbas federais.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, seria um exemplo disso. Muitos membros da sigla demonstram mais interesse na própria sobrevivência eleitoral do que num alinhamento com o grupo do ex-chefe do Executivo, cuja preocupação atual é com a busca de meios para eventual derrubada do governo.

Para conter esse levante de “separação interna” de seu partido, Costa Neto, recentemente, decidiu vetar punição aos parlamentares do PL que votem a favor ou assumam cargos no governo. Foi a forma que ele encontrou para reafirmar seu poder, internamente, e conter a escalada bolsonarista para controlar o partido.

No Progressistas, as circunstâncias são diferentes, no entanto, o resultado acaba sendo o mesmo. Não há “rebelião” entre os membros, mas há uma silenciosa travessia da margem da oposição para o período de transição do governo. Ou seja, muitos do partido querem se manter no poder, mesmo que isso custe “abandonar” certo viés de sua sigla.

Ciro Nogueira. Foto – Reprodução

“Nosso partido tem viés de oposição”, disse Ciro Nogueira durante entrevista recente à CNN. No entanto, explicou que existem “diferenças claras e marcantes sobre a forma de ver o país “em relação ao PT de Lula. Mas, afirmou que “ninguém está proibido” de votar a favor ou integrar o propostas do atual governo.

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