Por Nathalí
Uma coisa boa para fazer com as palavras é colocá-las no lugar certo. Quero dizer, com isso, que cansei de chamar Regina Duarte de senil, louca, descompensada. Depois do último episódio, chamarei pelo seu nome: neonazista.
A atriz achou que seria uma boa ideia incentivar, nas redes sociais, que todos os eleitores do presidente eleito colocassem um sinal nas portas de seus comércios, para que os lunáticos dos acampamentos de quartel não consumissem nada de quem não acredita em seu mito, agora caído.
“Nazista”, comentou a atriz Alessandra Maestrini.
Outros internautas vieram se posicionar: “O que é isso, Regina Duarte? Ideia no estilo nazista? Você apoia a separação de pessoas por ideologia política?”, perguntou um internauta.
Sim, ela apoia. É por isso que ela está ao lado de Bolsonaro. A diferença é que, agora que já jogou o próprio nome na lama, Regina já não tem pudor algum em parecer uma Hitler da contemporaneidade.
Na Alemanha nazista, judeus eram obrigados a identificar seus comércios com a estrela de Davi para que os ditos arianos não consumissem nada deles.
E esta é apenas a ponta do iceberg. É apenas escancarar o que, de fato, já acontece: grupos bolsonaristas comumente fazem circular listas de estabelecimentos de simpatizantes de petistas para serem boicotados pelos ditos cidadãos de bem do Brasil. Como esquecer de quando tentaram boicotar o restaurante de Paolla Carosella?
Hoje, no dia da Proclamação da República, estou escrevendo sobre uma atriz que pede a volta de uma prática nazista. Então sim, nós vencemos, mas não completamente. Bolsonaro caiu, mas o bolsonarismo continua vivo, mais audacioso do que nunca.
Não podemos nos dar ao luxo de esquecer do que aconteceu na última vez em que alguém “sugeriu” marcar estabelecimentos com estrelas. Passado algum tempo, os estabelecimentos marcados foram destruídos, e cerca de 5 milhões de judeus foram exterminados no genocídio nazista.
Não dá mais pra dizer que essa gente é só ridícula. Eles são, sim, neonazistas. Eles perderam, mas continuam saindo do armário como ratazanas em polvorosa. Eles precisam ser imediatamente punidos por incitar crimes como intervenção militar e práticas nazistas.
Ou isso, ou talvez terminemos como os judeus, tão inesperadamente quanto terminamos no buraco bolsonarista que nos f*deu por quatro anos.
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