Reinaldo Azevedo diz que petistas que atacam Alckmin “fazem um favor” a Lula

Atualizado em 21 de janeiro de 2022 às 6:28
A imagem de Reinaldo Azevedo na BandNews
Reinaldo Azevedo. Foto: Reprodução/YouTube

O jornalista Reinaldo Azevedo, em sua coluna na Folha de S.Paulo, escreveu nesta sexta (21) sobre os petistas que criticam a aliança e a possibilidade de Geraldo Alckmin (sem partido) se tornar vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reinaldão fala que esses militantes “fazem um favor” ao ex-presidente.

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O que diz Reinaldo Azevedo?

Ele começa a coluna:

“Correntes do PT avessas a uma chapa Lula-Alckmin e potenciais aliados à esquerda cumprem o seu papel: criticam a eventual aliança, apontam as contradições tidas por inelutáveis, ressuscitam momentos em que os dois políticos estiveram em trincheiras opostas —inclusive na eleição de 2006— e pintam a composição com as tintas de uma conciliação inaceitável. A coisa chega a ter um lado pitoresco.

Ao longo da história, os setores mais à esquerda do partido sempre prestaram um serviço ao líder: cobraram dele a radicalização, de modo a lhe dar a oportunidade de fazer a escolha pela moderação. Não chega a ser um jogo combinado. Trata-se de acordos —ou desacordos— tácitos. Assim, a resistência ao ex-tucano não é um problema, mas um dado do jogo”.

Ele desenvolve:

“Alckmin será o vice de Lula? Não sei. Mas ou haverá esse sinal de que o ex-presidente pretende, se vitorioso, um governo além das fronteiras da esquerda, ou outro se fará necessário. O compromisso —que, parece-me, é público— já está anunciado. E, é evidente, pensando o que penso, avalio que um governo o mais amplo possível é uma solução, não um problema”.

E conclui:

“Se o PT realmente levar adiante a aliança com Alckmin, o ex-governador, parece-me, representa a garantia adicional de um modo de fazer as coisas, buscando, reitere-se, o diálogo amplo. Até porque, no semipresidencialismo informal que temos, ninguém governa sem o Congresso.

Mas é evidente que o ex-tucano não seria a garantia de que Lula, se eleito, deixaria tudo como está. A continuidade tem várias nuances, não é mesmo? E todas elas se juntarão contra o PT, de novo, num eventual segundo turno. Afinal, os conservadores e reaças brasileiros não sabem nada sobre mal menor. Mas têm tradição firmada no mal maior.

Bolsonaro é a prova”.

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