Relatórios contábeis realizados pela Controladoria Geral da União (CGU) detectaram uma distorção de R$ 16 bilhões no Ministério da Saúde em 2022, último ano da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os problemas foram identificados na situação patrimonial, no resultado financeiro e nos fluxos de caixa do Ministério da Saúde.
A CGU também afirmou que foram encontradas inconformidades em controles internos e atos administrativos da pasta.
As inconsistências, de acordo com o órgão, contemplam o pagamento de despesas, lançamentos contábeis em conta de estoque, metodologia para controle de perdas e gestão e controles patrimoniais.
Vale ressaltar, que, durante a realização do relatório, o Ministério da Saúde corrigiu distorções no valor de R$ 326,6 milhões. A quantia corresponde a falhas corrigidas nas contas do ativo imobilizado da pasta, que são bens tangíveis como máquinas e equipamentos, por exemplo, e nos créditos de tomada de conta especial, um mecanismo que permite que a administração pública seja ressarcida de eventuais prejuízos sofridos. Esse valor, no entanto, não corrige todos os erros encontrados pela Controladoria.
Ao fim do trabalho de auditoria, a CGU fez recomendações para que sejam feitos ajustes nos lançamentos nas contas de estoques e aperfeiçoamento de questões operacionais e de conformidade da pasta.
O Ministério da Saúde e o ex-ministro Marcelo Queiroga, que comandava a pasta à época, não se pronunciaram acerca das inconsistências fiscais.