Repatriados: Após veto de Israel, metade de brasileiros não consegue deixar Gaza neste sábado

Atualizado em 9 de dezembro de 2023 às 9:41
Brasileiros que serão repatriados posam para foto na fronteira do Egito. Foto: reprodução

A decisão de Israel de vetar a saída de várias pessoas solicitadas pelo governo brasileiro está afetando o processo de repatriação organizado pelo Itamaraty, resultando na partida de apenas metade das pessoas que buscavam deixar Gaza para o Brasil, segundo o colunista Jamil Chade, do UOL.

Cerca de 50 brasileiros e palestinos já estavam no posto de fronteira do Egito na manhã deste sábado (9), prontos para deixar a zona impactada pelo conflito. O Itamaraty informou que, devido à seletividade de Israel na autorização dos nomes enviados pelo governo brasileiro, diversas famílias desistiram temporariamente da evacuação.

Em alguns casos, famílias optaram por permanecer unidas, recusando-se a sair caso algum membro fosse negado pela autorização de Israel. Em outras situações, pais e filhos foram separados devido à negativa.

A Força Aérea Brasileira (FAB) já despachou uma aeronave para o Egito, prevista para chegar neste domingo e repatriar os aproximadamente 50 brasileiros e palestinos. Inicialmente anunciada no início da semana e posteriormente adiada, a FAB confirmou que o avião partiu do Rio de Janeiro hoje pela manhã.

Passagem de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. Foto: Mohammed Talatene/Getty Images

Enquanto aguardam, todos permanecerão em um hotel próximo ao aeroporto do Cairo. O governo brasileiro havia reunido cerca de 85 pessoas perto da fronteira em Raffah, alugando quatro casas para abrigá-las em áreas menos afetadas pelo conflito. Outras 20 ainda estavam na segunda lista, apesar de estarem em locais não providenciados pelo governo.

O veto de Israel para certos membros das famílias foi confirmado, mas o motivo por trás disso não foi esclarecido ao Itamaraty. Após retirar cerca de 30 pessoas de Gaza no mês anterior, o Brasil submeteu uma segunda lista de brasileiros e parentes palestinos que desejavam deixar a região em crise.

A passagem pela fronteira depende da autorização tanto das autoridades do Cairo quanto de Tel Aviv. Alguns relatos, como o de Hasan Rabee, indicam a aprovação para alguns familiares, mas a recusa para outros, criando.

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