“Lamento a truculência e o ódio”, diz repórter da Globo agredida por bolsonarista na Bahia

Atualizado em 13 de dezembro de 2021 às 10:11
Microfone da Globo rasgado
Microfone da Globo rasgado por bolsonarista.
Foto: Reprodução/Instagram

A repórter Camila Marinho, que estava entre os jornalistas da Globo e do SBT agredidos por bolsonaristas na cidade de Itamaraju (BA), se manifestou nas redes sobre o ocorrido.

Segundo o relato dos profissionais e vídeos divulgados nas redes sociais, os funcionários das duas emissoras tentaram se aproximar para entrevistar Bolsonaro durante a visita dele à região. A equipe de segurança do presidente, formando uma espécie de “paredão”, agiu para impedir a aproximação das duas equipes.

Vídeos que viralizaram no fim de semana mostram o secretário de Obras de Itamaraju, Antonio Charbel, conhecido como “Tonimaq”, envolvido nas agressões. Ele aparece puxando o microfone de Camila Marinho. O aparelho do canal teve a espuma rasgada.

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Repórter se manifestou sobre o caso

Camila declarou que passa bem e que não pretende tomar medidas no momento. A Globo também repudiou o caso e se solidarizou com os profissionais.

Em publicação no Instagram, a repórter mostrou uma foto do microfone com a espuma rasgada e exigiu “respeito”.

“Nenhuma ameaça nos tira da nossa missão de informar. Só lamento a truculência, o ódio e a covardia dos que se acham melhores e acima de tudo e de todos. Somos trabalhadores exercendo o nosso papel: jornalistas em busca dos fatos e da verdade. Mas antes de tudo somos seres humanos. E o mínimo que queremos é respeito”, afirmou.

Ela incluiu no post uma citação do fundador da psicologia analítica, Carl Jung. “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”, diz a frase.

“Obrigada a todos que mandaram mensagens e se solidarizaram diante dos fatos deste domingo. Não consegui ler tudo ainda, mas logo logo eu zero as mensagens”, completou a jornalista.

 

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