Republicanos negros relatam situações de preconceito, mas negam que haja racismo nos EUA

Atualizado em 4 de junho de 2023 às 9:02
Tim Scott, pré-candidato à presidência dos EUA. Foto: reprodução

Tim Scott, senador negro da Carolina do Sul, lançou sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. No evento, o político contou sobre o racismo no país, em que seu avô, na era das leis Jim Crow, teve de largar a escola para colher algodão. Com informação da Folha de S.Paulo.

Mas, para Scott, ser pré-candidato à presidência é uma prova de que os EUA não são um país racista. “Eu sou a prova viva de que os EUA são uma terra de oportunidades, não uma terra de opressão”, disse no discurso do evento.

A concorrência dentro do partido tende a ser à altura. Nikki Haley, que também deve concorrer à presidência, tem origem indiana, a única na região em que cresceu, também na Carolina do Sul, e fala do isolamento e solidão que sentia na infância e adolescência. Mas é outra a negar a discriminação contra imigrantes e não brancos nos Estados Unidos.

Nikky Halley, pré-candidata à presidência dos EUA. Foto: reprodução

Larry Elder, é de outro estado, da Califórnia, mas assim como seus rivais, nega o racismo estadunidense, apesar de ser negro. O comentarista político que também lançou sua pré-candidatura, mas tem poucas chances de indicação, fala sobre um país de oportunidades ao contar que seu pai era carregador de trens no sul segregado, e que costumava levar peixe enlatado e biscoitos salgados nos bolsos, pois “nunca sabia se poderia conseguir uma refeição”.

Larry Elder, pré-candidato à presidência dos EUA. Foto: reprodução

Nos Estados Unidos, as visões destoantes são assuntos recorrentes nas campanhas que começam agora para as eleições de 2024. Batalhas culturais e racismo estrutural é tema amplamente debatido sobre histórias que os políticos contam sobre eles mesmo.

A questão racial é uma das principais diferenças de abordagens entre os pré-candidatos do Partido Republicano e Progressista. Apesar de terem seus discursos sempre cheios de espectadores brancos, os candidatos negros e de origem indiana não devem chegar à disputa final, cujo favoritismos estão com Donald Trump e Ron DeSantis, atual governador da Flórida.

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