Tim Scott, senador negro da Carolina do Sul, lançou sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. No evento, o político contou sobre o racismo no país, em que seu avô, na era das leis Jim Crow, teve de largar a escola para colher algodão. Com informação da Folha de S.Paulo.
Mas, para Scott, ser pré-candidato à presidência é uma prova de que os EUA não são um país racista. “Eu sou a prova viva de que os EUA são uma terra de oportunidades, não uma terra de opressão”, disse no discurso do evento.
A concorrência dentro do partido tende a ser à altura. Nikki Haley, que também deve concorrer à presidência, tem origem indiana, a única na região em que cresceu, também na Carolina do Sul, e fala do isolamento e solidão que sentia na infância e adolescência. Mas é outra a negar a discriminação contra imigrantes e não brancos nos Estados Unidos.
Larry Elder, é de outro estado, da Califórnia, mas assim como seus rivais, nega o racismo estadunidense, apesar de ser negro. O comentarista político que também lançou sua pré-candidatura, mas tem poucas chances de indicação, fala sobre um país de oportunidades ao contar que seu pai era carregador de trens no sul segregado, e que costumava levar peixe enlatado e biscoitos salgados nos bolsos, pois “nunca sabia se poderia conseguir uma refeição”.
Nos Estados Unidos, as visões destoantes são assuntos recorrentes nas campanhas que começam agora para as eleições de 2024. Batalhas culturais e racismo estrutural é tema amplamente debatido sobre histórias que os políticos contam sobre eles mesmo.
A questão racial é uma das principais diferenças de abordagens entre os pré-candidatos do Partido Republicano e Progressista. Apesar de terem seus discursos sempre cheios de espectadores brancos, os candidatos negros e de origem indiana não devem chegar à disputa final, cujo favoritismos estão com Donald Trump e Ron DeSantis, atual governador da Flórida.