Roberto Jefferson dá curto-circuito na campanha de Bolsonaro

Atualizado em 23 de outubro de 2022 às 22:12
Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Após o ataque criminoso do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da Polícia Federal do Rio de Janeiro neste domingo (23), a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) tenta desvincular a imagem do presidente de qualquer relação com o criminoso.

A campanha bolsonarista está temerosa com o ataque com granada e tiros de fuzil lançados pelo ex-deputado contra policiais repercuta nas eleições. Dois policiais ficaram feridos e chegaram a ser hospitalizados.

No entanto, desvincular a imagem do atual mandatário é impossível, já que Jefferson é um aliado de primeira hora do presidente, que chegou a tentar colocar ao menos parte da culpa pela situação no STF mais cedo.

Em coluna no jornal O Globo, a jornalista Bela Megale escreve que “o governo Bolsonaro se viu atrelado de forma umbilical ao episódio”, como fica claro com a ordem dada pelo ocupante do Palácio do Planalto para o ministro da Justiça ir à casa de Jefferson, na cidade de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) foi às redes sociais dizer que falou com a assessoria de Bolsonaro e que este havia tomado a decisão de “mandar as Forças Armadas proteger o nosso Roberto Jefferson”. E o próprio Jefferson divulgou que exigiu a presença do ministro para negociar sua entrega à PF.

Após ser pressionado por sua equipe, que teria ficado em “pânico” com a repercussão do caso, Bolsonaro gravou um vídeo no qual diz que o “tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido” e que Jefferson foi preso.

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