Roger Waters, co-fundador do Pink Floyd, manifestou sua desaprovação a líderes globais que apoiam Israel. Ele pediu aos cidadãos para se manifestarem contra a ação militar na Palestina, que, conforme relatos de autoridades locais, resultou na morte de mais de 9 mil pessoas em Gaza.
Atualmente no Brasil para sua turnê de despedida, Waters fez uma performance em Porto Alegre (RS) na última quarta-feira (2). Ao longo do concerto, mensagens como “parem o genocídio” foram projetadas, além de uma que descrevia o presidente dos EUA, Joe Biden, como “criminoso de guerra”.
Durante sua estadia em São Paulo, Waters concedeu uma entrevista ao Electronic Intifada, um portal norte-americano especializado na cobertura do conflito entre Israel e Palestina. Ele expressou sua preocupação sobre a instrumentalização das crenças religiosas para intensificar disputas.
Roger Waters afirmou: “Só conseguiremos preservar este mundo vulnerável através da cooperação mútua”. Ele continuou, “Embora eu me identifique como ateu, se houvesse um Deus, Ele diria: ‘não em Meu nome'”.
No Brasil, o artista ainda tem apresentações agendadas em cidades como Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).
Waters não esconde sua aversão à expansão israelense em territórios palestinos. Como defensor do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), ele não realiza shows em Israel e frequentemente encoraja outros artistas renomados a fazer o mesmo.
Ele ressaltou a importância da empatia, dizendo: “Devemos ser compassivos. Se não somos, perdemos uma parte significativa de nossa humanidade”. Ele mencionou Biden, Rishi Sunak e Benjamin Netanyahu, líderes dos EUA, Reino Unido e Israel, respectivamente, em sua crítica.
Na entrevista ao Electronic Intifada, Waters destacou que acredita que a hostilidade não representa a vontade da maioria das pessoas. Ele elogiou as manifestações a favor da Palestina e incentivou mais pessoas a participarem dos protestos contra as ações militares de Israel.
Protestos estão programados para o sábado (4), Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino, em diversas regiões do Brasil, bem como nos EUA, Alemanha, França e Reino Unido. Waters expressou: “Precisamos mostrar nosso descontentamento em grande escala globalmente, para que nossos líderes possam reconhecer a verdadeira dimensão dos acontecimentos atuais”.