Rosângela foi o estopim para saída de Moro do Podemos, diz revista

Atualizado em 3 de abril de 2022 às 16:29
A advogada Rosangela Wolff Moro fez cobranças duras ao Podemos por falta de apoio à candidatura do marido. Foto: Reprodução.

A noite do último domingo, 27, foi imprescindível para a campanha do pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro. Uma reunião oficial foi agendada na casa do ex-juiz, em Curitiba, para mais uma rodada de aconselhamentos políticos com a cúpula do Podemos.

A Moro, foi prometido que desempenho estacionado entre 6% e 9% seria alavancado naturalmente na medida em que se aproximassem as semanas que antecedem a data do primeiro turno. Na realidade, acabou por ser o empurrão que faltava ele deixar o partido. Na quinta (31), foi anunciada a sua filiação ao União Brasil.

Esposa de Sérgio Moro, a advogada Rosângela Moro teria cobrado dos senadores paranaenses Alvaro Dias, Oriovisto Guimarães e Flávio Arns, todos do Podemos, maior empenho na defesa da candidatura de Moro, de acordo com a Veja.

Ainda segundo a revista, Rosângela, já havia afirmado a interlocutores que o partido mais atrapalhava do que ajudava o marido. Ela ouviu dos parlamentares, em resposta à cobrança, que a pré-campanha do marido estava “fora da realidade ao exigir altas cifras para atividades políticas e viagens de promoção do candidato”.

Leia mais: 

1- Bolsonaro chama Sergio Moro de “traíra” e “mentiroso”

2- Sergio Moro prepara rasteira contra ACM Neto no União Brasil

3- Moro pede a institutos de pesquisa que não tirem seu nome para presidente

Os gastos de Moro

Rosane e Sério Moro

Desde que se filiou ao partido, Moro gastou verba pública em suas andanças pelo Brasil e uma viagem à Alemanha, onde se hospedou no Hotel Atlantic Hamburgo. O hotel é um dos mais caros do país, com diária em torno do equivalente a R$ 4 mil.

As atividades do ex-juiz eram bancadas pelo Fundo Partidário destinado ao Podemos.

Além da cobrança pessoal de Rosângela Moro, a reunião final do ex-juiz com a cúpula do Podemos foi marcada por críticas à presidente da sigla Renata Abreu. Ela foi acusada de priorizar financeiramente a eleição de deputados federais. Renata também teria dado uma sequência de indiretas para que o ex-juiz procurasse um partido com maior estofo eleitoral.

No dia seguinte, Moro se reuniu com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, e anunciou sua filiação à sigla, detentora de cerca de 800 milhões de reais de fundo eleitoral.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link