Rotina esvaziada: como foi a agenda oficial de Bolsonaro após derrota para Lula

Atualizado em 8 de novembro de 2022 às 13:34
Jair Bolsonaro durante pronunciamento no Palácio do Alvorada após derrota nas eleições
Foto: REUTERS/Adriano Machado

Crítico da política do “fique em casa” adota na pandemia de Covid-19, Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido recluso desde o dia seguinte à apuração, 31 de outubro. O presidente ficou a maior parte do tempo no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo. A agenda do governante mostra que ele teve “compromissos oficiais” em apenas quatro dias, segundo a colunista Carla Araújo, do UOL.

Além da agenda oficial, Bolsonaro recebeu aliados e subordinados no Alvorada e gravou um único vídeo que foi publicado nas redes sociais. Ele assinou dez atos oficiais da Presidência, entre mensagens ao Supremo Tribunal Federal (STF) e indicações de nomes de embaixadores para França, Jordânia e Líbano.

Conforme os registros da agenda do presidente nos quatro dias analisados, Bolsonaro teve seis compromissos oficiais desde que perdeu a as eleições para Lula (PT). Foram eles: 31/10, 1º/11, 3/11 e 7/11.

  • 31/10 – Reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Palácio do Planalto;
  • 1º/11 – Encontro com o ministro Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e o senador eleito Rogério Marinho (PL/RN) no Palácio da Alvorada;
  • 1º/11 – Encontro com os ministros Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça), e o advogado-geral da União Bruno Bianco Leal, no Palácio da Alvorada;
  • 1º/11 – Reunião ministerial no Palácio da Alvorada;
  • 3/11 – Reunião com o ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria Júnior, no Palácio da Alvorada;
  • 7/11 – Reunião com Renato de Lima França, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República, no Palácio da Alvorada.

Bolsonaro não teve compromissos oficiais na quarta-feira (2), feriado de Finados, e nos dias 4, 5, 6 e 8. A agenda pública de compromissos ainda pode ser atualizada ao longo da semana.

Auxiliares próximos de Bolsonaro dizem que a reclusão do presidente se deve também por questões de saúde. Após a derrota, a imunidade do presidente baixou e ele teve febre. Segundo os auxiliares, a baixa resistência imunológica fez Bolsonaro apresentar uma ferida na perna, que o atrapalha para vestir terno.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link