Rubinho Nunes, coordenador do MBL, foi condenado por dar calote em banco. Por Caique Lima

Atualizado em 5 de fevereiro de 2020 às 8:33
Rubinho Nunes

“É de conhecimento público e notório, instituição financeira não é entidade filantrópica”, é o que diz o processo contra Rubens Alberto Gatti Nunes, coordenador nacional do MBL.

No entanto, Rubinho Nunes (como é conhecido) não parece ter conhecimento do funcionamento delas e foi condenado pela justiça em São Paulo, em 2019, por dar calote em banco.

Atual secretário parlamentar do gabinete de Kim Kataguiri na Câmara dos Deputados e ex-candidato a prefeito de Vinhedo, Rubinho foi condenado a pagar ao Bradesco a quantia de R$ 15.790,00. Esse valor foi liberado pelo banco a fim de cobrir o saldo negativo da conta do secretário.

“Se houve a concessão de valor em favor da parte requerida [Rubinho], esta deve restituí-lo, sob pena de enriquecimento ilícito”, é o que diz o processo.

Segundo o documento, o secretário expressamente contratou o limite de crédito e o cheque especial do banco.

Porém, o salário de Rubinho seria o suficiente para pagar rapidamente a dívida do Bradesco.

Segundo o site da Câmara dos Deputados, ele recebe atualmente R$ 12.354,01 de remuneração após descontos obrigatórios. Sem contar o que recebe como advogado e sua gratificação natalina.

Movimento Brasil Livre de Caloteiros:

Mas essa prática é comum para o MBL.

O movimento deu calote em seus financiadores cancelando presença em protesto. 

Talvez a pretensão de Rubinho seja superar seu amigo Renan, também coordenador, que em 2016 possuía R$4,9 milhões em dívidas e mais de 60 processos na Justiça.

Ou então, ele se inspire em Alexandre Henrique, que deu calote em faculdade e fugiu da Justiça.

Privilégios:

No fim do ano passado, Rubinho entrou com um pedido de ação popular para suspender bônus natalino na Alesp. Ele alegou que “é impensável torrar R$10 milhões em bônus de R$3.100,00 pra cada funcionário enquanto o trabalhador mal ganha um salário mínimo”.

A Justiça suspendeu o bônus, o trabalhador continuou com seu mísero salário e Rubinho recebeu gratificação natalina de R$4.245,44 da Câmara dos Deputados.

O MBL:

O MBL surgiu em 2014 com uma bandeira liberal e foi o principal semeador do antipetismo.

Seu manifesto inicial pregava por imprensa livre e imparcial, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e fim de subsídios para ditaduras, mas seu maior trunfo foi encabeçar o golpe que destituiu Dilma do poder.

O movimento político surgiu e cresceu na internet, angariando membros e dinheiro, até sair dela e se infiltrar na política – primeiro nas ruas e depois no Estado.

Em 2016, o movimento teve 45 candidatos às eleições e em 2018, 16.

Hoje, o MBL perde relevância e caminha para um ‘límbo’, segundo o cientista político Lucas de Aragão.

Ainda tentam fazer mea culpa, mas o que resta é saudade do dólar a menos de R$ 3, na época em que a narrativa do ‘é só tirar a Dilma’ movia o cenário político.

E não para!Dólar a R$3,129http://economia.estadao.com.br/noticias/mercados,crise-politica-faz-dolar-fechar-em-forte-alta-cotado-a-r-3-12,1647170

Posted by MBL – Movimento Brasil Livre on Monday, March 9, 2015

Rubinho Nunes foi procurado pelo DCM, mas não respondeu à solicitação de entrevista.