Luciano Dias Azevedo, tenente-médico e anestesista, é o responsável pelo “decreto da cloroquina”, segundo a médica bolsonarista Nise Yamaguchi.
Ela havia sido apontada pelo presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, como autora do decreto, mas, além de negar, Nise coloca o nome de Azevedo no centro do debate.
A medida tinha como objetivo alterar a bula da cloroquina – incluindo sua recomendação para pacientes com Covid-19, apesar de não existir evidência científica de sua eficácia contra a doença.
Embora não chame tanta atenção quanto o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra e a imunologista Nise Yamaguchi, Azevedo também é um entusiasta da liberação da droga, que é usada para doenças como lúpus e malária.
Além disso, ele é apoiador ferrenho de Bolsonaro e está alinhado às ideias do guru bolsonarista Olavo de Carvalho.
Desde o começo da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se aconselhado com o anestesista, que chegou a ser cotado para o comando do ministério da Saúde.
Em participação no Jornal da Cultura em debate no dia 24 de março de 2020, o médico afirmou que a droga oferece uma “saída para pacientes infectados”.
“A Itália começou a usar [hidroxicloroquina] como última saída. Estamos no meio de uma guerra, isso nos dá esperança”, disse Azevedo.
Formado em Medicina pela Unicamp e especializado em residência médica pela mesma instituição, Azevedo é ex-oficial médico da Marinha do Brasil na Amazônia.