Saiba quem foi Fernando Villavicencio, candidato à presidência assassinado no Equador

Atualizado em 9 de agosto de 2023 às 23:43
Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador morto em 9/8. Reprodução

Na noite desta quarta-feira, 9 de agosto, ocorreu o assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, na cidade de Quito. Ele foi alvejado três vezes na cabeça durante um encontro político.

Villavicencio, um jornalista de 59 anos de idade, atuou na esfera política como membro da Assembleia Nacional do Equador entre os anos de 2021 e 2023.

No âmbito jornalístico, Villavicencio se notabilizou pela oposição a Rafael Correa, tendo sido protagonista da divulgação do caso Petrochina, tido como sendo o similar equatoriano da Operação Lava Jato. Por conta dessas reportagens o jornalista foi sentenciado a 18 meses de prisão por acusações de difamação contra Correa, em 2014.

Candidato à presidência do Equador morto em 9/8, Fernando Villavicencio. Foto: Redes Sociais

Alegando ser perseguido polticamente, obteve asilo no Peru.

Além de seu trabalho jornalístico, Villavicencio foi autor de 10 livros e também fundou portais de notícias no Equador, antes de ingressar na vida política como candidato à presidência.

O político era do partido MC25, que se identifica com a centro-direita.

Trajetória

Nascido em Sevilha, no cantão de Alausí, Fernando Villavicencio experimentou uma vida humilde em Quito, para onde se mudou com sua família aos 13 anos. Sendo o irmão mais velho de seis, ele compartilhou em uma entrevista ao El Universo que trabalhava como garçom durante o dia e dedicava suas noites aos estudos.

Villavicencio se autodenominava um entusiasta da literatura, tendo inclusive lido 17 livros sobre a história de Simón Bolívar para se preparar para um concurso de oratória intercolegial.

Durante seu mandato como deputado na Assembleia Nacional, ele exerceu a presidência da Comissão de Supervisão entre os anos de 2021 e 2023. Nesse período legislativo, o polêmico Villavicencio se envolveu em diversos embates com grupos opositores e o governo.

Ele também desempenhou um papel essencial ao denunciar o caso conhecido como “León de Troya”, uma investigação associada à máfia albanesa e que envolvia o cunhado do presidente Guillermo Lasso, Danilo Carrera

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