Nesta quarta-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a 19ª fase da Operação Lesa Pátria, com o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação investiga um total de doze pessoas relacionadas aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro deste ano, incluindo o primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro por parte de mãe, Léo Índio.
José Carlos da Silva
Morador de Cuiabá, no Mato Grosso, José Carlos da Silva, mais conhecido com Zé do Renascer, aparece nas imagens de internet que viralizaram após o 8 de Janeiro. Nas últimas eleições municipais, em 2016 e 2020, ele foi candidato a vereador, mas acabou ficando com o posto de suplente na Câmara Municipal da capital mato-grossense.
Walter Parreira
Já Walter Parreira, morador de Santos, no litoral de São Paulo, é apontado como um dos 35 organizadores da ida de moradores da baixada santista até Brasília. Aos 62 anos, ele aparece em vídeos antes dos ataques aos Planalto e, durante as manifestações, próximo ao local em que os bolsonaristas agrediram um policial da cavalaria.
Os outros três investigados, César, Fabrízio e Luiz Antônio também são moradores de Mato Grosso. Mas PF também realizou buscas em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e em Brasília, no Distrito Federal.
A defesa de Léo Índio afirmou que ele já foi alvo de busca e apreensão no início do inquérito e que seu nome foi incluído na investigação em curso sobre os atos ocorridos em 8 de janeiro, mas nenhum material comprometedor foi encontrado.
A Operação Lesa Pátria, considerada permanente pela PF, visa apurar a participação e incitação dos envolvidos nos eventos que resultaram na invasão do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, com ampla destruição e violência.