Santander reincide em terrorismo eleitoral contra o PT. Por Jeferson Miola

Atualizado em 14 de agosto de 2021 às 13:10
Economista do Santander pediu que fosse dado um golpe para impedir que Lula volte para a presidência – Foto: Reprodução

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Por Jeferson Miola

O Santander é reincidente na prática de terrorismo eleitoral contra o PT.

Em 25 de julho de 2014. O Banco enviou comunicado a seus clientes e investidores alertando que caso se mantivesse o crescimento de Dilma nas pesquisas. O dólar dispararia e os juros subiriam, causando “a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos”.

No último 12 de agosto, 7 anos depois daquela intromissão inaceitável nos assuntos internos do Brasil. Este grupo transnacional perpetrou novo ataque à democracia. Desta vez, com espantoso atrevimento, propôs nada menos que “um golpe para evitar o retorno de Lula”.

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Em comunicado repassado a clientes e investidores. O Banco alerta que “é preciso reconhecer um problema na eleição de 2022. a perspectiva de retorno ao poder da máquina de corrupção do governo Lula”.

O texto diz que “se o sistema político e judicial. Se o establishment político brasileiro acha cômico o governo Bolsonaro, o retorno de Lula e seus aliados representa uma ameaça bem mais séria”.

Assim como fez em 2014, o Santander outra vez também se esquivou. E transferiu a responsabilidade pela iniciativa a algum estagiário – o equivalente a “consultor independente” [sic].

Este ataque do Santander a Lula representa um atentado à independência nacional e à soberania popular. E é uma grave reincidência que deriva da impunidade.

Jeferson Miola fala do Santander

Em certa medida, a instituição vocaliza a posição de setores do capital financeiro e das oligarquias dominantes que seguem abraçados à barbárie fascista enquanto continuam se locupletando no contexto desta guerra bárbara de ocupação destrutiva do Brasil pelos capitais. No 1º semestre de 2021, o Santander, sozinho, teve lucro líquido de mais de R$ 8 bilhões.

Sintomaticamente, esta manifestação do grupo financeiro transnacional vem a público por estes dias em que a FIRJAN [Federação das Indústrias do Rio] condecorou os comandantes militares e em que empresários de São Paulo lançaram um apelo público – e patético – pela viabilização da chamada 3ª via eleitoral.

A perspectiva real de vitória do Lula em 2022 faz crescer o desespero desta lumpemburguesia que, em contrapartida, não se constrange em promover o terrorismo para preservar o padrão predador de saqueio do país, mesmo que no contexto de um regime fascista.