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Santos Cruz defende filho investigado por espionagem na Abin: “não houve ilegalidade”

Caio Cesar dos Santos Cruz e seu pai, o general Carlos Alberto Santos Cruz. Foto: reprodução

Carlos Alberto dos Santos Cruz, general da reserva e ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo na gestão de Jair Bolsonaro (PL), posicionou-se em defesa de seu filho, Caio Cesar dos Santos Cruz, um dos alvos da recente operação da Polícia Federal que investiga alegações de monitoramento ilegal realizado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo o militar, não houve irregularidades no trabalho de Caio Cesar, que atua como representante da empresa israelense Cognyte. A empresa forneceu o sistema FirstMile ao governo federal durante o fim da gestão de Michel Temer.

“Ainda não houve acesso ao inquérito. Confiamos nas investigações da Polícia Federal e na Justiça”, declara a nota, assinada pelo ex-ministro. Ele também defendeu que “não houve qualquer ilegalidade” cometida por seu filho.

Caio César foi sujeito a busca e apreensão, além de ter prestado depoimento à Polícia Federal por aproximadamente uma hora e meia. Segundo fontes da PF, as atividades de monitoramento ilegal ocorreram ao longo de 2019 a 2021. O programa era capaz de monitorar a localização de qualquer aparelho celular apenas pela linha telefônica.

Em uma nota emitida na noite de sexta-feira (20), o general expressou surpresa com a operação da PF e afirmou que seu filho ainda não teve acesso ao inquérito. Santos Cruz também reforçou a confiança nas investigações conduzidas pela Polícia Federal e no sistema judicial.

Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Foto: Reprodução

A ferramenta adquirida durante o governo de Michel Temer, conforme a investigação, teria sido utilizada ilegalmente mais de 30 mil vezes durante o governo de Jair Bolsonaro para monitorar adversários políticos, jornalistas e membros do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal afirma que o grupo utilizava um sistema de geolocalização para rastrear localizações e ligações telefônicas.

Santos Cruz assumiu o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo no início de 2019, após a posse de Bolsonaro, mas deixou o governo após apenas seis meses, tendo entrado em conflito com a ala considerada mais radical do Palácio do Planalto. Desde então, o general se tornou um dos críticos mais proeminentes do governo. Este caso continua a evoluir à medida que as investigações da Polícia Federal avançam. Fique atento para mais atualizações.

Além de Caio César, a PF também cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás e no Distrito Federal. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

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Augusto de Sousa

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