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“Sem declarações para dar”: Torres permanece em silêncio durante depoimento a PF

O ex-ministro e ex-secretário, o delegado Anderson Torres (União), que está preso no DF
Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (18), após desembarcar em Brasília (DF) para a sua prisão no último sábado (14), o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e ex-ministro da Justiça, o delegado Anderson Torres (União), permaneceu em silêncio durante depoimento à Polícia Federal (PF).

Antes das 10h30, uma equipe da PF chegou ao 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Apesar da presença dos policiais, que foram coletar seu depoimento, o delegado informou que não tinha declarações a dar aos investigadores. Os servidores saíram do local antes das 12h.

Nesta terça-feira (17), o delegado recebeu visita de uma psiquiatra onde está preso. Segundo aliados próximos ao ex-ministro, ele não tem conseguido superar o abatimento desde que foi informado sobre sua ordem de prisão. Os interlocutores afirmaram que ele está “abalado” e “angustiado”. O ex-secretário está se questionando: o que fez ou deixou de fazer para ser preso.

Torres enfrenta na Justiça suspeitas de ser conivente e omisso sobre as invasões terroristas em Brasília (DF), que foram promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na data, apesar de sua viagem, ele chefiava a segurança pública do DF, e ainda nega conivência com os atos.

O mandado de prisão preventiva contra o delegado foi decretado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes. O ex-secretário responde outros inquéritos.

Além disso, uma das únicas sinalizações de Torres, desde sua prisão na manhã deste sábado (14), após desembarcar no Aeroporto Internacional, em Brasília (DF), foi sobre estar se sentindo “abandonado” pelo ex-capitão, que fugiu para Orlando, nos Estados Unidos. 

Por outro lado, uma pessoa próxima ao ex-ministro indicou que a insatisfação de Torres poderá até mesmo “derrubar” outros ex-integrantes do governo. “Se for abandonado, não cairá sozinho”, informou. Apesar de estar abatido, o ex-ministro ainda pode trazer grandes informações.

Até então, se sabe que o delegado dorme em um beliche e tem acesso a uma antessala com sofá e uma mesa com quatro cadeiras. O ex-secretário pode usar armários do local, tem um banheiro de uso individual, um segundo alojamento para ele e ainda há um frigobar.

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Kaique Moraes

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