O senador Marcos do Val (Podemos-ES), relator do chamado PL das Armas, adiou a votação da proposta até que ameaças a senadores sejam esclarecidas. O pedido foi feito à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O parlamentar esclareceu que não quer votação “a toque de caixa” e que irá penalizar categorias que estejam envolvidas em ameaças aos parlamentares.
Ao jornal O Globo, o senador disse que “Precisamos ter certeza sobre a origem dessas ameaças. Se os autores estão inseridos no projeto, eu irei retirá-los. Se não estão, é porque não teriam de estar mesmo. Não compactuo com isso. O tema é sensível e vamos aguardar. As investigações estão sendo tocadas de forma ágil.
Leia mais:
1 – Senadores contrários ao “PL das armas” sofrem com ameaças
2 – Sob Bolsonaro, número de armas de fogo nas mãos de civis duplica; 78% das vítimas são negras
3 – Estudo aponta que só 10% dos policiais apoiam liberação ampla das armas para população
PL das Armas é adiado pela segunda vez
Essa não é a primeira vez que o projeto, que pretende ampliar as categorias com acesso à arma de fogo. Na última quarta, o tema estava na pauta, mas não foi votado, após a pressão das senadoras Simone Tebet (MDB) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), que defenderam mais tempo para analisar o PL.
Um dia depois, as senadoras relataram terem recebido ameaças. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também afirmou ter sido alvo de intimações. A proposta permite flexibilizar o Estatuto do Desarmamento, o que facilita o acesso a armas.
“Farei uma reunião com as lideranças de todas as categorias contempladas no projeto para explicar a eles que qualquer movimento como esse (ameaça) é inadmissível. É uma matéria muito sensível. Há os que veem a arma como um equipamento que salva vidas, outros como um equipamento que tira vidas”, disse o relator.
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link