Uma auditoria interna da Fundação Palmares concluiu que houve nulidade em exonerações na instituição, indicando que servidores foram afastados sem motivação, diz Mônica Bergamo na Folha de São Paulo. E há um processo no MP.
LEIA MAIS:
1 – Elza Soares voltará para a lista de personalidades da Fundação Palmares
2 – Mudança de nome da Palmares precisa passar pela Câmara e pelo Senado
3 – Fundação Palmares ignora Dia da Consciência Negra em parque memorial
O que Sérgio Camargo promoveu?
Essa auditoria também aponta indícios de ingerência administrativa no desligamento de empregados vinculados a empresas terceirizadas.
Varredura no órgão federal foi realizada por determinação da 21ª Vara do Trabalho de Brasília, na ação que obrigou o afastamento do presidente da instituição, Sergio Camargo, de atividades relacionadas à gestão de pessoas da fundação, em outubro do ano passado.
Processo foi movido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que recebeu denúncias contra o chefe da entidade por assédio moral, perseguição e discriminação.
Entre os casos apurados na auditoria estão os de três servidores da instituição que ocupavam cargos em comissão. São eles: Bruno Correa Miranda, Laércio Fidelis Dias e Pedro Erik Arruda Carneiro.
Eles foram exonerados entre 2020 e 2021. A publicação no Diário Oficial dizia que o afastamento deles ocorreu “a pedido”. De acordo com a auditoria, porém, os supostos pedidos não foram apresentados pela gestão.
Documento sustenta que, quando se trata de dispensas com um motivo específico, cabe ao gestor responsável pelos atos a comprovação de “existência e veracidade dos motivos enunciados”.